Folha de S. Paulo


Rio de Janeiro tem 162 presos por boca de urna, sendo 15 deles candidatos

O Rio de Janeiro tem pelo menos 162 pessoas presas por boca de urna, entre eles 15 candidatos, segundo o primeiro balanço divulgado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Estado.

Ao todo, 402 ou 1,23% das 32.765 urnas apresentaram problemas e foram substituídas neste domingo.

"Até o momento, está tudo dentro da normalidade no Estado", garantiu a diretora geral do TRE-RJ, Adriana Brandão.

Ela informou que fiscais prenderam na capital os candidatos a deputado estadual Maurício Araújo, do Solidariedade, Bombeiro Nascimento, do PROS e doutor João Batista, do PT, além do candidato a deputado federal Marcelo Borges, do PDT.

Os nomes dos outros candidatos presos ainda não foram divulgados.

Segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), responsável pela custódia e transporte dos presos, a maioria das prisões aconteceram nos bairros de Santa Cruz (21) e Bangu (16), na zona oeste do Rio.

Todos estão sendo levados para as delegacias regionais da Polícia Civil. Os detidos pelo crime de boca de urna podem ser condenados a cumprir seis meses a um ano de prisão ou efetuar prestação de serviços com multa de R$ 12.000 a R$ 37 mil.

A Justiça Eleitoral também registrou reclamações de eleitores de uma zona eleitoral da Ilha do Governador (zona norte), que disseram que, ao fim da votação, a tela da urna exibiu uma mensagem com um número percentual em vez de "FIM".

Adriana Brandão disse que os mesários estão atentos para qualquer problema e que essas urnas devem ser substituídas. Ela explica que há um cartão de memória na urna que evita que os votos já efetuados sejam perdidos.

No total, 180 pessoas divididas em 50 equipes do TRE trabalham na fiscalização em 12 regiões do Estado.


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