Folha de S. Paulo


Hegemonia do PSDB no interior deve garantir vitória

Nas rodas de conversa pelo interior, não há crise no abastecimento de água, suspeitas de corrupção no cartel de trens ou sentimento de mudança que abale a confiança no governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Ajudado sobretudo pelo voto interiorano e de eleitores pobres e sem escolaridade, o tucano deverá ser reeleito no primeiro turno.

Na pequena Taquarivaí, cidade do sudoeste paulista onde Alckmin teve seu melhor desempenho em 2010 –80% dos votos válidos–, a líder política Maria Sebastiana Cecé Cardoso, 57, cita as razões do sucesso do candidato: "Trabalho, trabalho e trabalho".

A predominância tucana é visível nas cidades do sudoeste paulista, como é o caso de Itapeva, com quase 100 mil habitantes. Em Taquarivaí, a reportagem da Folha não encontrou, na semana passada, nenhum material de campanha que não fosse do PSDB.

"Ele é o mais conhecido e já foi eleito. A gente vai no que a turma está votando", explica Daniel dos Santos, 33, que coleta lixo na cidade. "Ele fez muito pela região e ainda é boa gente", completa o feirante Agnaldo Castro.

Além da imagem de bom moço, Geraldo Alckmin conta nestas eleições com a contribuição da máquina e o sucesso de ações como a estruturação de postos de saúde. Com a vitória, o tucano levará o PSDB a atingir uma marca de 24 anos no poder do maior colégio eleitoral do país (22%), façanha inédita desde a redemocratização.

"Voto no Alckmin porque é um homem bom e porque a ex-prefeita pediu. Ganhei até uma casa [no programa habitacional Casa Paulista]", diz o aposentado Saturnino Fogaça, 66, morador da zona rural.

Ernesto Rodrigues/Folhapress
O aposentado Saturnino Fogaça, 66, de Taquarivaí (SP)
O aposentado Saturnino Fogaça, 66, de Taquarivaí (SP)

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