Folha de S. Paulo


Propaganda de Padilha diz que ele 'venceu' debate entre candidatos

No horário eleitoral da tarde desta segunda (25), a propaganda do candidato ao governo paulista Alexandre Padilha (PT) afirma que ele "venceu" o debate promovido pela Band no último sábado (24).

Usando imagens de falas do petista durante o evento, a publicidade diz que Padilha foi quem apresentou as melhores propostas.

O programa não contou com a presença do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que estava internado devido a uma infecção intestinal. Sem o tucano, a discussão esfriou e não houve nenhum confronto entre Padilha e Paulo Skaf (PMDB), principais adversários do governador, que tem 55% das intenções de voto segundo a última pesquisa Datafolha.

Padilha também usou a propaganda para defender alguns projetos de sua gestão à frente do Ministério da Saúde, que assumiu em 2011, como a distribuição gratuita da vacina contra o HPV, a ampliação do Farmácia Popular e o programa Mais Médicos.

Paulo Skaf, por sua vez, centrou seu programa no tema educação, defendendo a ampliação do ensino em tempo integral para abranger 2,2 milhões de estudantes até 2024. A medida custaria aos cofres públicos, segundo o peemedebista, cerca de R$ 1,6 bilhão por ano.

"Enquanto o governo atual criou apenas 60 mil vagas, eu vou criar 480 mil, oito vezes mais", diz Skaf.

Porém, ao detalhar de onde virá o dinheiro para bancar as novas vagas, ele diz que a fonte será o próprio orçamento da secretaria da Educação (que, atualmente, tem orçamento de R$ 29 bilhões), sem explicar que gasto atual cortaria para realocar o montante.

Já Alckmin repetiu o mote da segurança pública, tema que tem sido o centro de sua campanha até o momento, e o principal foco de críticas a sua gestão.

Ele voltou a divulgar o Detecta, sistema de monitoramento de câmeras utilizado pela polícia desde agosto deste ano, e defendeu a alteração da lei que muda de 3 para 8 anos o tempo máximo de internação para menores que cometerem crimes hediondos.

A competência para tal decisão, porém, como o próprio tucano explicita na propaganda, é do Congresso.


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