Folha de S. Paulo


Marido de Marina Silva deixa cargo em governo petista do Acre

O marido de Marina Silva, provável candidata do PSB para a disputa da Presidência da República, deixou o cargo de secretário-adjunto no governo petista do Acre, função que ocupava desde 2011.

A saída de Fábio Vaz de Lima foi publicada nesta terça-feira (19) no "Diário Oficial do Estado". Segundo o decreto, a exoneração ocorreu a pedido de Vaz.

Caso seja confirmada como a candidata ao Planalto, Marina terá como um de seus adversários a presidente Dilma Rousseff (PT).

Eduardo Knapp-03.out.10/Folhapress
A ex-senadora Marina Silva ao lado do marido Fábio Vaz na cidade de Rio Branco (AC)
A ex-senadora Marina Silva ao lado do marido Fábio Vaz na cidade de Rio Branco (AC), em 2010

Segundo o secretário Edvaldo Magalhães (Desenvolvimento, Indústria e Floresta), Vaz fez o pedido ao governador Tião Viana (PT) por escrito. Como secretário-adjunto, Vaz era responsável pelas políticas de desenvolvimento florestal do Acre. De acordo com o portal Transparência do Estado, salário de Vaz era de R$ 18,2 mil.

A tendência é que, a partir de agora, ele divida o tempo entre compromissos no Acre e a provável agenda de Marina na disputa presidencial. No Estado, Vaz apoiará a reeleição de Tião Viana, que tenta o sexto mandato do PT.

Após a morte de Eduardo Campos na semana passada em acidente aéreo, em Santos (SP), Marina pode ser anunciada como candidata do PSB à Presidência na quarta-feira (20). A reunião com integrantes do PSB e da Rede para discutir a oficialização do nome de Marina como candidata e a indicação de um novo vice contará com a participação da ex-senadora.

Marina participou nesta terça-feira (19) da missa de sétimo dia da morte de Campos e outras seis pessoas, em Brasília. A ex-senadora pediu que a trajetória de seu aliado seja tratada como "legado" e não como "herança".

"Nosso esforço, de todos os brasileiros nesse momento, independente de partido, é de que seu esforço e sua trajetória, sua insistência em renovar a política não seja tratada como herança, onde cada um pega um fragmento do despojo, mas que seja tratado como um legado em que quanto mais pessoas puderem se apropriar dele, melhor fica", afirmou.


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