Numa passagem relâmpago pela convenção do PSB em São Paulo, o pré-candidato do partido à Presidência, Eduardo Campos, minimizou as divergências com sua vice, a ex-senadora Marina Silva, que rechaça a aliança para a reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Para ele, o PSB sai unido das discussões que definiram o apoio ao tucano.
"Um debate intenso e rico foi vivido, com posições que foram colocadas em debate e nem sempre concordamos com elas, mas o partido viveu democraticamente todo esse processo que nos trouxe até aqui. O bom é que vivemos esse processo de forma democrática e saímos unidos para ir às ruas e vencermos as eleições em São Paulo e no Brasil", disse.
Apesar da proclamada unidade, a ex-senadora e seus aliados não compareceram ao ato do PSB que confirmou a aliança com os tucanos em São Paulo. Marina está no Amazonas para a convenção da legenda no Estado.
Na noite de quinta-feira (19), Alckmin comunicou oficialmente ao comando do PSB paulista que a vaga de vice será do partido. O nome mais cotado para o posto é o do deputado e presidente da sigla em São Paulo, Márcio França.
Questionado se a situação trouxe desgaste com sua vice, Campos negou que negociações locais tenham influência na campanha nacional. "A questão dos Estados é dos Estados".
Uma das que critica à união com Alckmin, a deputada Luiza Erundina (PSB-SP) disse que não tem resistências pessoais ao governador, mas ao que a aliança representa. "Nós estamos prometendo mudança, mas como atender se o PSDB não tem como oferecer mudança se está há 20 anos no governo?", questionou a congressista.
Para esta sexta-feira (20), Campos tinha prevista uma gravação para o programa da Luciana Gimenez, na RedeTV!, e uma oficina de discussão para seu programa de governo, mas a oficina foi cancelada e ele apareceu de surpresa no ato do PSB paulista.