Folha de S. Paulo


Em protesto unificado, grevistas fazem passeata no centro do Rio

Um ato unificado das categorias em greve reúne cerca de 500 pessoas no centro do Rio, segundo a PM, na noite desta quinta-feira (5).

De acordo com os organizadores, são cerca de 3.000 pessoas na marcha.

Integrantes de movimentos grevistas no Rio, como professores estaduais e municipais, vigilantes e profissionais federais da saúde e das universidades federais, deram início, às 18h15, a uma marcha pela avenida Rio Branco a principal do centro da cidade.

O ato unificado terminou por volta das 19h30, na praça da Cinelândia, no centro do Rio. Os grevistas desocuparam a avenida Rio Branco, e ocuparam, por cerca de meia hora, as escadarias da Câmara dos Vereadores do Rio. Às 20h, com vários policiais ainda estavam na praça. Não houve registro de tumultos.

Os garis que paralisaram suas atividades durante Carnaval haviam se juntado aos grevistas. Eles alegam que a Prefeitura do Rio e a Comlurb não estão cumprindo o acordo firmado com a categoria em fevereiro passado.

Alegam ainda que após o movimento dissidente do sindicato, trabalhadores têm sido demitidos.

"Eu tenho dez anos de de Comlurb e depois de aderir à greve eu fui demitido. Nunca tirei nota baixa na avaliação que justificasse a minha demissão", disse o gari Neufram Nunes Magalhães, 41.

Os garis terão uma assembleia no próximo dia 18 para decidirem a possibilidade de uma nova paralisação. Até lá, pedem que um técnico do ministério apure as denúncias de que o acordo não está sendo cumprido.

"A nossa luta unificou, é gari, servidor e educador", cantam. "Não vai ter Copa. Vai ter greve".

Uma assembleia de professores decidiu mais cedo pela manutenção da greve, que já dura 23 dias.

Os docentes pedem 20% de aumento, redução para 30 horas de trabalho semanais para funcionários administrativos (atualmente são 40 horas por semana) e eleição direta para diretores de escolas.

Eles marcharam pelo centro e aderiram ao ato unificado que tem dois carros de som, muitas bandeiras de movimentos sociais, partidos de esquerda e movimentos estudantis.


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