Folha de S. Paulo


PMDB escolhe deputados que já causaram problemas a Dilma para CPI

A bancada do PMDB na Câmara se reuniu na tarde de hoje para definir quem indicará para compor a CPI mista da Petrobras. Dos quatro nomes a que tem direito, o partido definiu três: o líder da legenda na Casa, Eduardo Cunha (RJ), Lúcio Vieira Lima (BA) e Sandro Mabel (GO). O quarto nome ainda está em definição.

Cunha e Vieira Lima já tiveram problemas com a presidente Dilma Rousseff. No início do ano, Cunha liderou o chamado blocão, que reuniu partidos da base aliada que discordavam dos interesses do governo no Congresso. O blocão chegou a causar algumas derrotas à presidente em votações no plenário da Câmara e fez com que ela recuasse em outras questões.

Vieira Lima é irmão do ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal Geddel Vieira Lima. Ele pediu no Twitter para que fosse exonerado do cargo para poder concorrer a uma vaga no Senado. Ele disputará contra a chapa do governador da Bahia, o petista Jaques Wagner.

Vieira Lima também integra a Comissão Externa da Petrobras que investiga a relação da SBM Offshore com a Petrobras. De acordo com Cunha, este foi um dos motivos para ele escolher o colega para compor a CPI. No caso de Mabel, a escolha teria sido feita porque ele não vai disputar as eleições deste ano e por isso teria mais condições de se dedicar às investigações.

Os partidos deverão indicar, a partir de hoje, os nomes para compor a CPI mista da Petrobras. O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), marcou uma sessão para a noite de hoje para pedir formalmente as indicações. Além do PMDB, o PT e o PSD também podem indicar dois titulares. Outros dez partidos - PSDB, PP, PR, PSB, DEM, SDD, PTB, Pros, PDT e PV/PPS - poderão indicar um nome para compor a comissão.


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