Folha de S. Paulo


'Não é de minha natureza fazer ameaças', diz Garotinho sobre caso de juíza

O líder do PR na Câmara, deputado Anthony Garotinho (RJ), disse nesta terça (3) ter certeza de que o inquérito aberto para investigar uma suposta ameaça e calúnia contra a juíza Gracia Cristina Moreira do Rosário será brevemente arquivado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

O deputado comentou que realmente fez duras críticas em seu blog à juíza, que cassou em 2011 o mandato de sua mulher, Rosinha Garotinho, prefeita de Campos dos Goytacazes (RJ). Contudo, alegou que os termos que ofenderam a honra da magistrada foram todos enviados por internautas que fizeram comentários na sua página da internet.

STF abre inquérito para investigar Garotinho por ameaça a juíza

"Não é de minha natureza fazer ameaças a magistrados. Jamais faria isso e jamais fiz. Eu critique a decisão da juíza, que inclusive foi reformada dois dias depois, devolvendo o mandato da prefeita. Mas as ofensas só apareceram em comentários, não nos meus textos. Tenho certeza que com minhas explicações esse inquérito será arquivado", disse Garotinho.

O deputado também rebateu as acusações da juíza de que ele teria a seguido no aeroporto Santos Dumont (RJ).

No pedido de abertura de inquérito que foi enviado pelo então procurador-geral da República Roberto Gurgel ao STF, Rosário narrou o caso. "Ao entrar no aeroporto Santos Dumont para regressar à cidade de Campos dos Goytacazes, percebi a presença do deputado Anthony Garotinho seguindo meus passos, literalmente atrás de mim".

De acordo com Garotinho, é natural que pessoas num aeroporto, que vão tomar o mesmo avião, percorram os mesmos caminhos. "Seria impossível eu seguir a juíza, até porque não a conheço, não sei sua fisionomia. Mas, se ela pegou o mesmo voo que eu, é possível que ela tenha me visto sem eu sequer saber quem é ela", disse.

O inquérito para investigar as supostas ameaças de Garotinho à juíza foi aberto pelo ministro do STF Marco Aurélio Mello.


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