Folha de S. Paulo


Sem-terra deixam fazenda da Cutrale e invadem outra propriedade na região

Os cerca de 300 integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) que ocupavam desde quarta-feira (31) a fazenda Santo Henrique, na região de Borebi (a 309 km de São Paulo), migraram nesta sexta para uma outra propriedade na mesma área, a fazenda Dadu/Lutepel.

A área invadida pertence a Lutepel Indústria e Comércio de Papel Ltda e é usada para a produção de celulose.

A fazenda desocupada pelos sem-terra, a Santo Henrique, tem 2.600 hectares e é explorada pela Cutrale para o plantio de laranja.

A desocupação da Santo Henrique aconteceu após a Cutrale conseguir liminar na Justiça para reintegração de posse imediata da fazenda.

De acordo com o MST, a situação das fazendas Santo Henrique e Dadu é a mesma: são áreas públicas do Núcleo Colonial Monções --projeto de colonização para imigrantes patrocinado pelo governo federal no início do século 20-- e que foram griladas.

A reportagem procurou a Lutepel Papel no início da tarde desta sexta-feira, mas ainda não obteve posicionamento sobre a invasão da fazenda Dadu/Lutepel pelo MST.


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