Folha de S. Paulo


Não há qualquer hipótese do impeachment ser golpe, diz leitor

IMPEACHMENT

Perfeita a exposição de João Maurício Adeodato sobre o impeachment, tanto sob o ponto de vista jurídico quanto sociológico, ainda mais se considerado que as decisões dos parlamentares não precisam ser fundamentadas. Diversamente dos juízes, eles não são obrigados a expor as razões de seu convencimento. É isso o que prevê a nossa Constituição, que ainda se mantém plenamente vigente, afastando qualquer hipótese de golpe de Estado.

RENATO BÁEZ NETO (São Paulo, SP)

*

Dificilmente li algo na Folha mais conservador e ultrapassado do que o artigo de João Maurício Adeodato. Eleger a supremacia do procedimento quando este é substancialmente viciado é algo tão ultrapassado na ciência jurídica que espanta que alguém ainda sustente argumento tão absurdo.

FRANCIS AUGUSTO MEDEIROS (Oslo, Noruega)

*

O leitor José Padilha, em sua carta, não levou em consideração que a nossa democracia é representativa e que Michel Temer foi eleito vice-presidente por 54 milhões de eleitores, cabendo a ele, constitucionalmente, assumir a Presidência em caso de impeachment. Golpe é o "Fora, Temer" ou o "Diretas Já", que quer consultar outra vez o povo.

PAULO MARCOS GOMES LUSTOZA (Rio de Janeiro, RJ)

-

MANIFESTAÇÕES

É muito fácil apontar os erros da Polícia Militar quanto aos últimos fatos ocorridos nas manifestações. O colunista Vladimir Safatle sabe usar bem os números para criticar a PM. Por que não criticar também o governo do Estado, que não dá uma estrutura digna, equipamentos e salário adequado para quem arrisca a vida numa cidade violenta como São Paulo? Bandidos são glorificados e a polícia, demonizada. Baderneiros são heróis da resistência e a polícia é a vilã.

RODRIGO LIMA BATISTA (São Paulo, SP)

*

O colunista Ruy Castro demonstra muita coragem em seu artigo "Vitória e derrota", no qual mostra sua indignação com juízes que defendem a irracionalidade e a truculência dos atos dos vândalos back blocs.

NEUZA ZIMMERMANN (São Paulo, SP)

-

PARAOLIMPÍADA

Emociona e inspira ver os atletas paraolímpicos na Rio-2016. Seus exemplos de superação, alegria, fé, esperança – de vida! – nos confirmam que as pessoas têm possibilidade de superar as deficiências com valor e com dignidade. Por isso, parabéns, obrigada e boa competição para todos os paratletas!

ANA C. N. SASAKI (São Paulo, SP)

-

COLUNISTAS

Gostei muito da coluna de Clóvis Rossi. Domesticar o capitalismo é algo que não precisa ser tratado como um bicho de sete cabeças. Para começar, é preciso taxar progressivamente a renda e as heranças, cobrar impostos de quem não os paga (igrejas em geral), eliminar isenções, punir severamente as fraudes fiscais e a sonegação, e, por fim, fiscalizar com esmero o uso do dinheiro público. Não me parece impossível nem impensável ("Civilizar o capitalismo", "Mundo", 8/9).

GUSTAVO A J AMARANTE (São Paulo, SP)

*

Muito oportuno o comentário de Hélio Schwartsman no texto "Sangria na saúde", que aborda a judicialização que sangra os cofres do Ministério da Saúde e das operadoras de planos de saúde. Clientes entram na Justiça antes de solicitar procedimentos e, na maioria das vezes, o juiz concede o que não consta do contrato nem do rol da agência reguladora. Essa insegurança contratual também afeta investimentos no Brasil.

MOHAMAD AKL, presidente da Central Nacional Unimed (São Paulo, SP)

*

O colunista Reinaldo Azevedo tenta, semanalmente, mostrar-se merecedor de substituir José Simão na "Ilustrada". Na coluna desta sexta-feira, ele se supera. Toma, na mão grande, a função da ombudsman. Deixa de ser um pândego para se tornar um usurpador. Sinal dos tempos.

DEJALCI EDUARDO FONTANA MARTINS (Bauru, SP)

-

METRÔ

Lamentável que a Folha atribua ao Metrô responsabilidades que não lhe cabe. A presença de moradores de rua na cidade é uma questão social e, mesmo sendo alertada, a reportagem resolveu ignorar o fato, deixando de cobrar da prefeitura assistência a uma situação importante. Para a implantação da Linha 17, o Metrô indenizou 335 famílias vulneráveis de três diferentes comunidades da região e reassentou outras 125 famílias em unidades habitacionais.

ADELE NABHAN, chefe do departamento de imprensa do Metrô (São Paulo, SP)

-

RONALDO TENÓRIO, coordenador da assessoria de imprensa da Secretaria da Educação (São Paulo, SP)

A Folha traz um equívoco na análise "Aluno chega à escola de peito estufado e sai de cabeça baixa". O Estado de São Paulo não ficou com 3,7 no Ideb no ensino médio, mas com 3,9 pontos, que a jornalista aponta como sendo a meta – outro erro. Mesmo com as ocupações das escolas no ano passado, como diz o texto, São Paulo foi o primeiro Estado na história a ocupar o topo do ranking dos três ciclos de ensino avaliados pelo Ideb.

RONALDO TENÓRIO, coordenador da assessoria de imprensa da Secretaria da Educação (São Paulo, SP)

*

NOTA DA REDAÇÃO - Leia a seção "Erramos".

-

PARTICIPAÇÃO

Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br


Endereço da página:

Links no texto: