Folha de S. Paulo


Negociatas e conchavos triunfam no Congresso, reclama leitor

IMPEACHMENT

Roteiro perfeito: depois de relevantes serviços prestados nos porões do navio, Eduardo Cunha é lançado ao mar. Na trama kafkiana do impeachment, os comandantes estarão livres para colocar a embarcação no rumo do qual saíra por alguns tempos: as capitanias hereditárias.

CLARILTON RIBAS, professor (Florianópolis, SC)

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Contrariando um dos pensadores da moderna Constituição norte-americana, Alexander Hamilton, para quem o Senado deveria ser ético e imparcial em julgamentos como o do impeachment, os parlamentares desta casa no Brasil, salvo as raras exceções, nos frustram. Ali triunfam as negociatas e os conchavos políticos, apenas referendando o golpe em curso.

ERIVAN AUGUSTO SANTANA, (Teixeira de Freitas, BA)

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Os congressistas do PT, PCdoB e seus genéricos devem achar que a população do país é composta de idiotas. O Tribunal de Contas da União já reprovou as contas do governo, o Supremo Tribunal Federal aprovou os ritos do processo de cassação, Lula foi proibido de ser ministro, a Câmara aprovou por ampla maioria o impeachment, o Senado já deu mostras de que fará o mesmo. O que ainda desejam PT, Dilma e Lula? Tentam minimizar qualquer derrota, apequenando cada vez mais o país. No mínimo estão loucos. É um problema sério de saúde mental.

PAULO HENRIQUE COIMBRA DE OLIVEIRA, (Rio de Janeiro, RJ)

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O senador Aloysio Nunes fundamentou muito bem o seu parecer sobre o processo de impeachment da presidente. Queremos ver agora se ele repetirá os mesmos argumentos a favor do impeachment de Michel Temer, a quem seu partido apoia. Temer, como presidente interino, assinou decretos de abertura de crédito suplementar sem autorização do Congresso, o mesmo crime imputado a Dilma. Queremos ver a coerência do senador.

PAULO ROBERTO OLIVEIRA, professor (São Paulo, SP)

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Ao contrário do que defende o senador Paulo Rocha, seus colegas no Senado, como os deputados, não estão interessados na defesa da democracia no país. Defendem exclusivamente interesses pessoais para dar resposta aos que sustentaram suas candidaturas. O momento é crítico e o governo não soube se defender politicamente. A população, de novo, pagará por isso.

ADILSON ROBERTO GONÇALVES, (Campinas, SP)

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Difícil entender qual a posição do senador Fernando Collor em seu confuso texto sobre o processo de impeachment. De qualquer forma, Collor não tem condição moral para criticar qualquer um dos lados da atual contenda política. É realmente uma pena que o bom povo de Alagoas o tenha ressuscitado politicamente.

JOSÉ SALLES NETO, (Brasília, DF)

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CUNHA AFASTADO

O artigo de Demétrio Magnoli, "Sob a égide do Poder Moderador", é simplesmente brilhante. Uma análise lúcida e profunda que sinaliza com claridade as possíveis consequências deste ato, a meu ver, populista e equivocado do STF de suspender o mandato do deputado federal Eduardo Cunha.

HERIOVALDO RAMOS DA SILVA, (Santo André, SP)

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IGREJA NA CIÊNCIA

O novo ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, independente de ser bispo que não acredita no darwinismo ou marxista que desconheça a mudança climática, deve ser um bom gestor. Bilhões de reais foram gastos nos últimos anos com pesquisa científica no Brasil, mas o resultado foi frustrante. A revista britânica "Nature", por exemplo, já apontou em artigo publicado recentemente que o Brasil possui péssimos índices em relação à eficiência no uso de recursos aplicados em pesquisas.

NAGIB NASSAR, professor emérito da Universidade de Brasília (Brasília, DF)

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MINISTÉRIO TEMER

Henrique Meirelles, possível novo ministro da Fazenda, pretende fixar um teto para o gasto público, com o fim de boa parte das vinculações de receitas. O que significa isso? Cortar despesa com folha de pagamento de servidores e reduzir gastos com educação e saúde da população. Essas são as medidas que um futuro governo Temer teria pressa em aprovar. Outras, como taxação das grandes fortunas, combate à sonegação de impostos e redução de juros, provavelmente teriam encaminhamento bem mais devagar.

ADEMAR G. FEITEIRO, advogado (São Paulo, SP)

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Meirelles, mude o foco : não fossem a sonegação de impostos e os privilégios fiscais das elites, nossos serviços públicos seriam de primeiro mundo, não haveria rombo nas contas públicas e necessidade de reformas previdenciária e trabalhista.

ANTÔNIO BEETHOVEN DE MELO, (São Paulo, SP)

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MERENDA E OCUPAÇÃO

Como professor, pai e conselheiro nacional de direitos da criança e do adolescente, apoio e me solidarizo, aqui do Rio Grande do Sul, com a luta dos estudantes. É preciso que o Estado garanta a eles a integridade física e psíquica. Não pode haver violência além da já perpetrada contra todos os estudantes pelo esquema de fraude na merenda.

José Carlos de Moraes, (São Paulo, SP)

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