Folha de S. Paulo


Coluna de 2011 de Marta, que deixa ministério, é relembrada por leitor

Após a vitória do Barcelona sobre o Santos, no Mundial de Clubes, Marta Suplicy publicou nesta Folha o texto Placar: 4 a 0. A senadora enaltecia as qualidades de Dilma, comentando um livro que lia à época. Este período no governo foi suficiente para reconhecer os exageros daquela coluna e se encorajar a manifestar a realidade dos fatos que já se prenunciavam naquela época. Agora, as palavras da ex-ministra, clamando por mudanças em sua saída do Ministério da Cultura, refletem os também prenunciados 7 a 1, no futebol e na economia (inflação de quase 7% ao ano e crescimento menor que 1%).

FAUSTO FERES (São Paulo, SP)

Pedro Ladeira/Folhapress
A presidente Dilma Rousseff com o vice-presidente Michel Temer e Marta Suplicy (Cultura), no início do mês
A presidente Dilma Rousseff com o vice-presidente Michel Temer e Marta Suplicy (Cultura), no início do mês

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Marta Suplicy, que não entende nada do Ministério que comandava, vem dar pitacos em economia. É claro e evidente que nossa economia não vai bem, mas vindo de quem vem, acabarei ficando a favor só para discordar da nossa preparadíssima senadora.

NILTON NAZAR (São Paulo, SP)

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Marta Suplicy provou, em sua saída, a grande estrela na política que é. Parabéns, Marta -e brilhe no Senado da República.

NELI APARECIDA DE FARIA (São Paulo, SP)

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Enquanto uma ministra sai pedindo seriedade no governo, a presidente muda lei para descumprir a meta fiscal. Dá para acreditar? Fazendo o diabo mesmo após ganhar a eleição. Acreditávamos que fosse parar.

JOSÉ ANTONIO GARBINO (Bauru, SP)

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A saída intempestiva de Marta causa espanto pela deslealdade e pela insensatez. Deslealdade com a presidente recém-eleita, de seu partido, que já tem problemas suficientes com os outros políticos. Insensatez porque vai se esforçar para ser a candidata derrotada na cidade antipetista de São Paulo.

CARLOS BRISOLA MARCONDES (Florianópolis, SC)

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Marta Suplicy e o ministro Gilberto Carvalho não pouparam críticas à personalidade e à gestão de Dilma Roussef. Outros ex-integrantes do governo também têm externado publicamente sua decepção. Seguramente esses críticos não manifestaram suas opiniões às vésperas da eleição por fidelidade ao partido, mas poderiam muito bem tê-lo feito antes da indicação de Dilma como candidata à reeleição pelo PT. Fazer campanha e votar nela para depois jogar pedras é, eticamente, muito questionável, para dizer o mínimo.

LUCIANO HARARY (São Paulo, SP)

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A manifestação de Marta ao deixar o cargo de Ministra da Cultura mostra uma situação que preocupa aos petistas e aliados. Suas críticas agressivas colocam mais argumentos a quem torce para que Dilma não tenha facilidades na formatação da sua nova equipe de governo. Mostra que as divergências de comportamento não atingem apenas os integrantes dos partidos tidos como aliados. Os problemas entre os integrantes das tendências petistas estão presentes e resta pouco tempo para serem superados. A quem isto beneficia? Será que outros ministros vão seguir o exemplo de Marta?

URIEL VILLAS BOAS (Santos, SP)

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Marta está pavimentando seu caminho de volta para a Prefeitura de São Paulo, e o primeiro passo foi sair do governo federal. Ela está tentando ser oposição dentro do próprio partido tendo em vista a votação que a presidente Dilma Rousseff obteve na capital. Sair atirando e criticando é uma maneira de se descolar daquilo que os paulistanos rejeitaram nas últimas eleições.

ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP)

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