Folha de S. Paulo


SSP contesta coluna e reportagem sobre estatísticas de roubos

Sobre a coluna "Chame o ladrão", de Ricardo Melo, acreditamos que o autor esteja, na melhor das hipóteses, desinformado. Tentar desqualificar as estatísticas da Secretaria da Segurança Pública, notadamente as que apontam quedas nos homicídios, é propor uma discussão rasa sobre tema complexo. No caso dos homicídios, a redução é atestada por entidades internacionais, como a ONU, e corroborada pelos indicadores do SUS. Sobre a reportagem "Capital puxa epidemia de roubos; Estado bate recorde", lamentamos que o texto tenha omitido dados relativos a roubos de documento e celulares, que representam quase dois terços do total.

LUCAS TAVARES, coordenador de comunicação da Secretaria da Segurança Pública de SP (São Paulo, SP)

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RESPOSTA DO COLUNISTA RICARDO MELO - Faço minhas as palavras do secretário Fernando Grella, reproduzidas no domingo por esta Folha: "Evidente que esses indicadores obrigam uma revisão das práticas de policiamento".

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Todas as vezes que a Folha publicar matérias sobre segurança pública, sinto-me no dever de dar a minha contribuição, opinando a respeito. É o caso da manchete "Maio bateu recorde de roubos em São Paulo". 28 mil assaltos registrados em um mês é mesmo uma "epidemia" e assusta a todos. Há muito temos dito que é preciso mudar de estratégia. Enquanto tivermos polícias concorrendo entre si, cada qual com seu comando, operando sistemas de comunicações independentes e utilizando mal os recursos de que dispõem, o resultado vai daí para pior. É chegada a hora de adotar carreira única, ciclo completo e, sobretudo, profissionalismo com salários condizentes, enquanto é tempo. Senão corremos sério risco de perder a guerra.

JARIM LOPES ROSEIRA, presidente da International Police Association - IPA (São Paulo, SP)

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