Folha de S. Paulo


Leitores criticam xingamentos e vaias a Dilma durante abertura do Mundial

Muito foi dito sobre os xingamentos dirigidos à presidente da República, Dilma Rousseff, menos o óbvio: que esse é o comportamento padrão dos brasileiros em estádios de futebol. Qualquer um que já tenha assistido a uma partida pela televisão sabe disso. Aquele coro pode ser endereçado a qualquer um no campo –jogador, árbitro e auxiliares, gandula e até mesmo aos quero-queros. Somos mesmo um povo mal-educado. Agora, atribuir essa grosseria à "elite paulistana" é rematada burrice.

LUIZ CARLOS DE SOUZA (São Paulo, SP)

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As vaias à Presidente da República, na abertura da Copa do Mundo, desenharam um espetáculo degradante. Considero absolutamente legítimo não apoiar a Presidente. Na democracia todas as opiniões devem ser respeitadas. Entretanto, vaiar com palavrões, que revelaram a falta de educação dos que vaiavam, só contribuiu para envergonhar o Brasil. O episódio pode levar os que nos visitam a uma conclusão equivocada. Na verdade, trata-se de uma suposta elite que conseguiu comprar ou ganhar ingressos para entrar no recinto. São pessoas que têm dinheiro, mas dinheiro não compra educação.

JOÃO BAPTISTA HERKENHOFF, juiz aposentado e professor livre-docente da Universidade Federal do Espírito Santo (Vitória, ES)

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Fiquei chocada com a opinião do colunista Reinaldo Azevedo, que prefere "mandar um poderoso tomar no monossilabo tônico em "u" a sair quebrando tudo". Essa postura vai na contramão da ética, dos valores morais e educacionais, e só contribui para deformar a opinião pública. Melhor seria que esse espaço da Folha fosse ocupado por alguém que condena as duas atitudes –a violência material e a verbal– exercendo o papel de formador da opinião dos brasileiros de todas as idades, carentes de educação e instrução.

MARIA DE LOURDES I. PINHEIRO (Porto Alegre, RS)

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Os que protestaram contra a presidente foram irracionais, pois ela foi eleita e temos que ter respeito pelas urnas. Quanto à imprensa dizer que nós somos sem educação, somos também sem saúde, sem transporte, sem moradia, sem segurança, sem trabalho etc. Bolsas Famílias não deixam de ser importantes para diminuir as desigualdades, mas muito mais digno é ter empregos. Vamos avançar para termos um Brasil mais igual, sem desmandos.

NELSON SCATENA (São José dos Campos, SP)

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Tive a oportunidade em 1988 de estar em Cingapura na semana de comemoração do dia da sua independência da Malásia. O que presenciei foi emocionante. Em um evento que reunia milhares de cingapurianos em uma das maiores praças públicas, foi anunciada a chegada do primeiro-ministro que atravessou a pé, sob aplausos, no meio da multidão, até chegar ao palanque. E não parecia estar cercado de seguranças. Isso mostra que nem todos os governantes são vaiados ou xingados em eventos.

ROBERTO CROITOR (São Caetano do Sul, SP)

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