Folha de S. Paulo


É má-fé atribuir os xingamentos a Dilma à "elite branca", escreve leitor

Duas cartas publicadas no Painel do Leitor neste domingo (15) reforçam o discurso do preconceito. Preocupa-me a insistência em expressões do tipo "classe média branca paulistana" e "o medo que a elite tem do povo". Sugiro a leitura da reportagem "Filhos da Ku Klux Klan". Não podemos enveredar por caminhos tão incertos. Tenho minhas opiniões, mas não posso sair qualificando os demais segundo o meu ponto de vista. Basta expressá-lo.

VICENTE OLIVEIRA (Belo Horizonte, MG)

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É de absoluta má-fé atribuir os xingamentos no jogo de abertura à elite branca, como têm feito os defensores da presidente. Quem vai sempre aos estádios, como eu, sabe que aquele xingamento é a saudação para receber os árbitros da partida. Portanto é a elite branca que não está acostumada com a cultura futebolística de nossos estádios, que se mostra hipocritamente ofendida.

JOSÉ LOIOLA CARNEIRO (São Paulo, SP)

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Manifesto minha indignação com os comentários de Dimas Antônio de Souza. Ele escreveu que "o que a classe média branca paulistana mostrou para o mundo foi que não tem educação, respeito e vergonha na cara". Como assim? Tratando-se de um evento para o qual os ingressos foram adquiridos mediante sorteio, como ter certeza de que só paulistanos xingaram Dilma? Eu não conheço nenhum paulistano que conseguiu comprar o tal do ingresso.

MARLENE R. DAMASCENO OSATO (São Paulo, SP)

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A tão espoliada classe média que banca o Brasil não tem absolutamente nada contra a mulher, a mãe e a avó Dilma Rousseff. Quem foi vaiada é a presidente do país, o que é muito diferente.

MARISA BODENSTORFER (Lenting, Alemanha)

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Registro meu protesto quanto à responsabilização da "classe média branca paulistana" pelas vaias a Dilma. O evento contou com torcedores de todo o país e do mundo. Infelizmente, o que o se presenciou foi a falta de educação de boa parcela da nação.

TOYOMI ARAKI (São Paulo, SP)

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Discordo da opinião do médico do Corinthians, Julio Stancati, sobre a coluna de Juca Kfouri. Esta Copa é, sim, para moradores de Ipanema, do Leblon e dos Jardins. Recomendo a ele que assista ao documentário "Garrincha, Alegria do Povo" (1962), de Joaquim Pedro de Andrade. Lá está estampado na boca dos que iam ao Maracanã o tipo frequentador da "geral".

NATHAN HERSZKOWICZ, médico (São Paulo, SP)

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Finalmente alguém, o jornalista mais sério e objetivo do país, José Simão, disse algo apropriado a respeito dessa excrescência que foi a parte musical da abertura.

JÚLIO MEDAGLIA, maestro (São Paulo, SP)

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