Folha de S. Paulo


Leitores escrevem sobre a prisão de condenados pelo mensalão

Há uma forte crença entre os analistas políticos de que as condenações do mensalão levarão a uma nova fase no controle da impunidade no país. Isso, entretanto, provavelmente será seguido por uma reação colateral. Essas condenações lembram a descoberta dos antibióticos, que salvaram milhões de pessoas. Mas as bactérias conseguiram gerar mutações contra a nova ameaça.

Nossos criminosos são mais espertos do que qualquer bactéria e, certamente, já estão em mutação. O Ministério Público e a polícia precisam acompanhar essas mutações, como fazem pesquisadores e especialistas no aperfeiçoamento dos antibióticos.

JOSÉ CARLOS PEREIRA (Brasília, DF)

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José Genoino deveria parar de se esconder atrás de sua falsa aura de guerrilheiro heroico, ao dizer ser um "preso político". Estamos na democracia e ele foi julgado respeitando-se o direito a defesa e na observância da lei vigente, que emana de uma Constituição, a qual também foi assinada por ele. Sua pessoa é apenas (e finalmente) um mero político preso por corrupção.

PAULO BOCCATO (São Carlos, SP)

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Diante da prisão de José Dirceu, tenho a seguinte opinião: sinceramente, não sei o que este senhor fez. Não vi nenhuma gravação suspeita ou qualquer vídeo com dinheiro na meia ou na cueca que pudesse servir como prova de sua condenação. Vi alguns ministros do STF dizerem que há fortes indícios de sua participação no mensalão, quase como uma forma de resposta não contundente à imprensa e ao povo.

O que mais me espanta, no entanto, é ver uma infinidade de políticos, secretários e auxiliares com comprovação de atos ilícitos suficiente para fuzilamento em certos países estar por aí desfilando em seus carrões e mansões, com a soberba de quem sabe que jamais será condenado.

HILTON ELLERY GIRÃO BARROSO (São Paulo, SP)

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Confesso que achei muito engraçada a observação do leitor Paulo Henrique Coimbra de Oliveira (Painel do Leitor, ontem) sobre ser a favor do direito de prisão domiciliar dos mensaleiros. Na verdade, corremos dois riscos com eles na cadeia: 1) desvirtuarem os presos comuns; 2) aprenderem novas técnicas de espoliação. Faz sentido.

JULIANA F. SILVEIRA (Juiz de Fora, MG)

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