Folha de S. Paulo


Leitora conta a experiência de passar por uma colonoscopia

Em relação à colonoscopia, discordo da afirmação de que, por causa dos medicamentos, o paciente não se lembra de nada após o procedimento. É sabido que a resposta do organismo a preparos e sedação é variável. Sou testemunha de tal assertiva, pois fiz colonoscopia e posso relatar todo o procedimento, aliás, rápido, mas com alguma dor, embora o exame tenha sido realizado por especialista de qualidade.

A colonoscopia pode reduzir o risco de morte por câncer no intestino, mas é, sim, um exame invasivo, que pode ocasionar perfuração intestinal.

MARIA INÊS PRADO (São João da Boa Vista, SP)

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A colonoscopia é o exame de excelência para o rastreamento do câncer colorretal ("Colonoscopia reduz em 56% risco de morte por câncer de intestino", "Saúde", ontem).

É importante, porém, diferenciar os grupos populacionais de alto risco, em geral definidos por aspectos genéticos, que obrigatoriamente necessitam de colonoscopias periódicas, dos de risco médio, que são os das pessoas com mais de 50 anos de idade. Entre elas, algumas são de regiões como o Norte e o Nordeste, que apresentam baixa incidência de câncer colorretal e o benefício do rastreamento é muito menor do que, por exemplo, no Sul e no Sudeste, onde a incidência do câncer colorretal é cerca da metade do registrado em países do Primeiro Mundo. Portanto, não se pode esquecer que programas de prevenção devem obedecer à célebre equação: benefícios versus custos e capacidade instalada de realização dos exames.

RAUL CUTAIT, professor da Faculdade de Medicina da USP (São Paulo, SP)

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