Leitores comentaram os recentes casos de violência ocorridos em São Paulo, em especial a morte de um funcionário do Colégio Sion, na região central da capital paulista.
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É deplorável ver tamanha desvalorização da vida. Um celular já é suficiente para que alguém seja morto. O latrocínio se tornou tendência.
Apenas o roubo não é mais emocionante para os assaltantes. É necessário violar a integridade física da vítima. E nós, impotentes, assistimos a esses terríveis episódios de mãos atadas, sujeitos a essa roleta-russa das ruas.
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Enquanto isso, aguardamos utopicamente o dia em que nossos legisladores e governantes consigam efetivar a contenção dessas atrocidades contra o ser humano.
FERNANDA MEDEIROS (Curitiba, PR)
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Passo em frente ao colégio Sion durante a manhã todas as segundas e quintas, na certeza de que estou em um bairro seguro [Higienópolis], com IPTU caro como Paris, condomínios caros, comércio que paga imposto altíssimo e, há pelo menos quatro anos, sinto-me totalmente abandonado no bairro, com segurança quase zero.
ROBERTO MOREIRA DA SILVA (São Paulo, SP)
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Quando me deparei com mais uma cena de barbárie ocorrida nas ruas de São Paulo, a primeira coisa que me perguntei foi a seguinte: até quando todos nós fingiremos que vivemos numa sociedade civilizada?
Os meios de comunicação, a sociedade civil ordeira, as instituições e os governos precisam assumir que a violência é incontrolável, que as ruas estão tomadas por uma guerrilha urbana e que a polícia não dá conta disso.
É preciso reconhecer que temos número de mortos por arma de fogo que ultrapassa os de zonas de guerra. Só leis mais duras não adiantarão nada, pois a promessa da prisão não surte mais seu efeito de prevenção geral.
ANSELMO CARVALHO SANTALENA (Campinas, SP)
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O Brasil está de joelhos diante da violência, assim como ficou o trabalhador Eduardo Paiva diante de seus assassinos ("Primeira Página", 4/6).
Temos que parar de acreditar no conto de que a violência decorre apenas das questões sociais, pois, nas últimas duas décadas, o Brasil só avançou nesse sentido, enquanto a violência explodiu. O motivo maior é a impunidade, que protege bandidos mais do que os pune.
Se algum candidato a presidente prometer mudar essa legislação absurda, terá o meu voto e o de milhões de brasileiros.
CRISTIANO REZENDE PENHA (Campinas, SP)
Avener Prado-04.jun.13/Folhapress | ||
Faixas pedindo mais segurança foram colocadas por estudantes do Colégio Sion em canteiro próximo ao local da morte do funcionário do colégio Eduardo Paiva |
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