Folha de S. Paulo


Suspeito de atentado em metrô de Londres é detido

A polícia britânica afirmou neste sábado (16) que um suspeito de ligação com a explosão de Londres que deixou ao menos 30 feridos nesta sexta-feira (15) foi detido.

De acordo com a polícia, trata-se de uma "prisão significativa" para as investigações. O suspeito tem 18 anos e não teve a identidade divulgada. Ele foi detido na região portuária de Dover e está sendo interrogado.

A polícia não afirmou se o jovem é suspeito de carregar e instalar a bomba no metrô ou de desempenhar um papel de apoio ao atentado.

Apesar da prisão, um porta-voz da polícia disse à agência de notícias Associated Press que o nível de ameaça terrorista em Londres continua "crítico". Segundo ele, o serviço de segurança britânico acredita que outro ataque é "iminente", sugerindo que outros suspeitos de envolvimento com a explosão no metrô ainda possam estar em liberdade.

No início da tarde, a polícia fez uma batida em uma casa de um bairro residencial de Sunbury-on-Thames, 20 km a sudoeste de Londres. O local e as casas dos arredores foram evacuados e se estabeleceu um perímetro de isolamento no raio de 100 metros.

"Nenhuma outra prisão foi efetuada", informaram.

Autoridades britânicas continuam analisando imagens registradas por câmeras de segurança. O trem atingido pela explosão tinha ao menos uma câmera em cada vagão, e as estações de metrô de Londres também são monitoradas por tecnologia.

Os restos do dispositivo que explodiu também estão em análise, mas a polícia não divulgou detalhes sobre o material.

Neste sábado, três das pessoas feridas na explosão continuam hospitalizadas. Já a estação Parsons Green foi reaberta.

SEGURANÇA REFORÇADA

A segurança foi reforçada e centenas de soldados patrulham pontos estratégicos do Reino Unido. Após o atentado –o quinto em seis meses no Reino Unido– autoridades aumentaram o nível de ameaça de terrorismo para "crítico", o que significa, na escala oficial, a probabilidade imediata de novas ações.

Até então, a última vez em que o nível de ameaça terrorista esteve classificado como "crítico" havia sido em maio deste ano, quando um atentado na saída de um show da cantora americana Ariana Grande matou 22 pessoas.

"O público irá ver mais policiais armados proporcionando proteção extra nas redes de transporte e também nas nossas ruas", afirmou a primeira-ministra britânica, Theresa May. "Esse é um passo proporcional e sensato que irá garantir segurança enquanto as investigações avançam".

Nesta sexta, uma explosão na estação Parsons Green, no oeste da cidade, deixou ao menos 30 pessoas feridas –nenhuma em estado grave. Além de queimaduras, os passageiros se feriram durante a correria. O Estado Islâmico assumiu a autoria do ataque.

Editoria de Arte/Folhapress
Explosão no metrô de Londres

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