Folha de S. Paulo


Assassino de mulher em Londres não era radicalizado, afirma polícia

As autoridades britânicas anunciaram na manhã desta quinta-feira (4) que o suspeito pelo esfaqueamento de uma mulher de 60 anos no centro de Londres, nesta quarta (3), é um cidadão norueguês de origem somali.

Não há indícios de que ele tivesse sido radicalizado. A polícia acredita que o ataque foi espontâneo, e as vítimas, escolhidas aleatoriamente.

As autoridades britânicas trabalham com a hipótese de que a ação possa ter sido motivada pela "saúde mental" do suspeito de 19 anos.

Foi anunciado também nesta manhã que a vítima do esfaqueamento era americana. Os cinco feridos no ato, por sua vez, tinham nacionalidade britânica, americana, australiana e israelense.

O ataque ocorreu por volta das 22h30 locais (18h30 em Brasília) em Russell Square. O suspeito foi preso após ser atingido por uma arma de choque usada pelos policiais. A vítima chegou a ser socorrida por paramédicos, mas não resistiu aos ferimentos.

A estação Russell Square foi onde ocorreu a maior explosão na série de atentados contra o transporte público de Londres, em 7 de julho de 2005. No local, morreram 26 das 52 pessoas mortas na onda de ataques.

SEGURANÇA

O esfaqueamento em Londres reacendeu temores de novos atentados terroristas na Europa. A polícia britânica havia dito, no domingo (31), que um ataque ao Reino Unido é uma questão de "quando, e não de se".

Apesar do preparo das forças de segurança, há o entendimento de que atentados como os recentes no continente são extremamente difíceis de prever e de se evitar.

A polícia afirmou que, após o esfaqueamento de quarta-feira, haverá mais patrulha nas ruas de Londres, incluindo homens armados.

O nível de ameaça no Reino Unido continua como "severo", o que significa que um ataque é considerado bastante provável.

Outros países europeus têm incrementado a sua segurança, após atentados na França e na Alemanha.

A França discute armar policiais em determinadas regiões, além da criação de uma guarda nacional.

Na Espanha, a polícia patrulha a costa, após o atentado que deixou 84 mortos na cidade francesa de Nice em 14 de julho. A Itália também tem aumentado a segurança em áreas turísticas, incluindo o Coliseu.


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