Folha de S. Paulo


Terceira empresa offshore relacionada a presidente argentino é revelada

A família do presidente argentino Mauricio Macri está vinculada a uma terceira empresa constituída em um paraíso fiscal, aponta a investigação internacional Panama Papers.

A companhia ficou conhecia nesta segunda (11) em depoimento do jornalista do "La Nación" Hugo Alconada Mon à Justiça. Ele é um dos profissionais que conduzem a investigação, baseada em mais de 11 milhões de documentos do escritório de advocacia panamenho Mossack Fonseca, no país.

Ao contrário dos casos anteriores, o nome do presidente não aparece nos documentos da offshore Macri Group Panama. A empresa foi registrada em maio de 2010 e, quatro meses depois, teve seu nome alterado para Metro Consulting PTY.

Segundo o "La Nación", também foi encontrada uma autorização de 2011 da companhia para a abertura de uma conta bancária na Suíça.

Entre os primeiros diretores do Macri Group Panama figuram pessoas próximas a Franco Macri, pai do mandatário. O italiano Carlo Luigi Cappelli Abelli, por exemplo, foi presidente de uma sociedade que gerenciava uma linha férrea do país e que tinha Franco como dono de parte das ações.

O depoimento do jornalista do "La Nación" faz parte das investigações abertas pela Justiça que analisam se Macri escondeu de propósito que havia sido nomeado diretor de uma offshore.

O caso foi denunciado pelo "Panama Papers" em 3 de abril. No dia seguinte, foi descoberto que o presidente fora diretor de uma segunda offshore, dessa vez criada no Panamá.

A Casa Rosada afirmou que Macri nunca citou as offshores em suas declarações de bens por não ter parte na sociedade nem haver recebido pagamentos delas.


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