O Paquistão executou nesta quarta-feira (2) por enforcamento quatro homens condenados pelo massacre do Taleban em uma escola na cidade de Peshawar, há quase um ano.
As execuções aconteceram em uma prisão da cidade de Kohat, no noroeste do país, dois dias depois de o chefe do Exército paquistanês, Raheel Shari, autorizar os enforcamentos.
As condenações haviam sido decretadas em agosto por um tribunal militar. No julgamento, outros dois homens foram condenados à morte, mas suas penas ainda não foram aplicadas. Segundo o Exército, os acusados confessaram ter colaborado com o ataque do grupo radical.
Os quatro executados nesta quarta foram identificados como Molvi Abdus Salam, Hazrat Ali, Mujeeb Rehman e Sabeel. Segundo apurou a agência de notícias AFP, os condenados se reuniram pela última vez com suas famílias na terça-feira (1º).
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Em 16 de dezembro de 2014, seis atiradores do Taleban disfarçados de militares invadiram uma escola gerida pelo Exército em Peshawar, no nordeste do Paquistão, e mataram 145 pessoas, em sua maioria crianças, antes de serem mortos pelas forças de segurança.
O ataque foi o mais violento da história do país, e levou o governo a retomar, em janeiro, a aplicação da pena de morte –a medida havia sido suspensa em 2008. Desde então, ao menos 300 pessoas foram executadas no país, segundo a ONG de direitos humanos Anistia Internacional.
O Paquistão tem 190 milhões de habitantes e enfrenta uma insurgência liderada por militantes islamitas do Taleban e de outras facções.