Folha de S. Paulo


China diz que acusação de ataques virtuais é irresponsabilidade

O governo chinês negou nesta sexta (5) qualquer envolvimento com uma série de ataques feitos por hackers a computadores de agências federais americanas.

O caso, revelado na quinta (4), causou o vazamento de dados de 4 milhões de funcionários públicos dos EUA. Segundo oficiais americanos, a suspeita é que o ataque tenha origem na China.

O porta-voz do ministério das Relações Exteriores chinês, Hong Lei, declarou nesta sexta-feira que "os ciberataques costumam ser anônimos e lançados fora de fronteiras e sua origem é difícil de rastrear".

"Não realizar investigações profundas e seguir utilizando palavras como 'possível' é irresponsável e sem fundamento científico", acrescentou.

Segundo o jornal "The New York Times", existe poucas dúvidas que o ataque foi feito da China, mas não se sabe se o governo local está envolvido.

Segundo a publicação, o governo americano não vai falar oficialmente do assunto porque não tem provas da ligação de Pequim.

As informações foram vazadas do banco de dados do Escritório de Recursos Humanos (OPM, na sigla em inglês) do governo dos EUA. A agência é a responsável por coletar informação dos funcionários federais do país

VAZAMENTO

Esse não foi o primeiro caso no qual Washington acusou Pequim de ataques virtuais.

Um ataque recente teve como alvo informações sobre os funcionários federais que possuem autorizações de segurança. A suspeita é que os autores também eram chineses.

Também ocorreram ataques virtuais recentes a diversos outros alvos, incluindo seguradoras.

No ano passado o Departamento de Justiça americano indiciou cinco chineses sob acusação do roubo de dados. O governo chinês nega ligação com esses ataques e afirma também ser vítima de hackers.


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