Folha de S. Paulo


Ex-presos de Guantánamo encerram protesto no Uruguai

Ex-prisioneiros da base militar dos EUA em Guantánamo (Cuba) que haviam sido transferidos para o Uruguai encerraram nesta terça (19) um protesto de três semanas diante da embaixada americana em Montevidéu.

Eles obtiveram um acordo com o governo uruguaio que prevê apoio médico e financeiro, em troca de eles aprenderem espanhol e procurarem capacitação profissional.

Seis ex-detentos de Guantánamo foram enviados ao Uruguai em dezembro, como parte do plano do presidente dos EUA, Barack Obama, de fechar a prisão da base –anunciado ainda durante a sua primeira campanha para o cargo, em 2008.

Nicolás Celaya - 27.abr.2015/Xinhua
Ex-detentos de Guantánamo oram durante protesto em frente à embaixada dos EUA no Uruguai
Ex-detentos de Guantánamo oram durante protesto em frente à embaixada dos EUA no Uruguai

No mês passado, três deles montaram tendas diante da embaixada americana, em protesto contra a falta de ajuda econômica.

No final, cinco dos seis ex-presos assinaram o acordo com o governo uruguaio, pelo qual receberão o equivalente a US$ 560 (R$ 1.695) por mês, além de assistência médica e aluguel –o único a não assinar foi o sírio Jihad Diyab, que pretende deixar o país.

"O que eles estão assinando é uma carta de intenções que contém tanto seus direitos como seus deveres", disse Christian Adel Mirza, que atuou como negociador da chancelaria uruguaia com os ex-prisioneiros.

"Eles têm de aprender espanhol e se capacitar profissionalmente, porque foram presos jovens, antes que pudessem seguir uma profissão", acrescentou.


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