Hayat Boumeddiene, companheira do terrorista Amedy Coulibaly, morto na sexta-feira (9) em Paris após invadir um mercado kosher e fazer reféns, entrou na Síria na quinta-feira (8), confirmou nesta segunda (12) o ministro das Relações Exteriores turco, Mevlut Cavusogly.
"Ela entrou na Síria em 8 de janeiro", disse Cavosoglu numa entrevista à agência de notícias oficial da Turquia, Anatolia.
| AFP | ||
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| Foto mostra Hayat Boumeddiene (dir.) apresentando passaporte no aeroporto de Istambul |
Uma fonte da segurança turca indicou à AFP que Hayat havia chegado à Turquia em 2 de janeiro, num voo procedente de Madrid.
"Há imagens dela no aeroporto", confirmou o chanceler turco. "Suas comunicações telefônicas mostram que ela esteve com uma pessoa num hotel de Kadikoy (bairro da parte asiática de Istambul) e depois cruzou a fronteira em direção à Síria", acrescentou.
A polícia francesa emitiu uma ordem de busca para Hayat por causa de uma eventual participação no tiroteio também de autoria de Coulibaly na quinta de manhã, em Montrouge, episódio no qual uma policial acabou morta.
A polícia também investiga se a jovem prestou alguma ajuda a Coulibaly para a tomada de reféns na loja kosher.
Os dados do governo turco, entretanto, indicam que ela não estaria na França na data. Hayat continua sendo procurada.
No sábado, foi divulgado um vídeo no qual Coulibaly alegava pertencer à milícia radical Estado Islâmico, que controla amplos territórios na Síria e no Iraque e pretende instaurar um Califado na região.
Além disso, o terrorista também declarou que suas ações e as dos irmãos Chérif e Said Kouachi, responsáveis pelo ataque ao jornal satírico "Charlie Hebdo" e também mortos na sexta após um cerco numa gráfica de Dammartin-en-Goële, a nordeste de Paris, foram orquestradas.
| Reprodução/Le Monde | ||
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| Hayat Boumeddiene, toda coberta por véu muçulmano, posa para foto com arma |