Folha de S. Paulo


Quem é Hayat Boumeddiene, a foragida pelos atentados de Paris

Na manhã deste sábado (10), Hayat Boumeddiene, 26, companheira de Amedy Coulibaly, continua sendo procurada pelas forças de segurança francesas por um suposto envolvimento com o tiroteio de Montrouge, que deixou uma policial morta e outra pessoa ferida.

No dia seguinte, seu companheiro morreu após invadir um mercado kosher e manter reféns em Paris.

Reprodução/Le Monde
Hayat em campo de treinamento de jihadistas em Cantal, na França, em foto divulgada pelo
Hayat em campo de treinamento de jihadistas em Cantal, na França, em foto divulgada pelo "Le Monde"

Em 2014, a jovem trocou mais de 500 ligações com Izzana Hamyd, mulher de Chérif Kouachi, um dos suspeitos do atentado ao jornal "Charlie Habdo", morto na sexta (9) depois de um longo cerco policial a uma gráfica onde ele e seu irmão, Said, se escondiam.

Izzana está detida desde a noite de quarta-feira.

O rosto de Hayat tornou-se conhecido quando a polícia francesa divulgou sua foto ao lado de Coilibaly O texto acompanhado das imagens indicava que eles estavam armados e eram perigosos.

Muçulmana radical, ela usa o niqab (véu integral ) desde 2009, o que fez com que tivesse de deixar seu emprego como caixa. Depois, se casou religiosamente – mas não civilmente–, com Coulibaly.

Hayat Boumeddiene nasceu em junho de 1988 em Villers-sur-Marne, numa família com sete filhos e de ascendência argelina. Ela perdeu sua mãe em 1994.

Reprodução/Le Monde
Hayat em campo de treinamento de jihadistas em Cantal, na França, em foto divulgada pelo
Hayat em campo de treinamento de jihadistas em Cantal, na França, em foto divulgada pelo "Le Monde"

Seu pai não podia cuidar da família e ela ficou sob os cuidados dos serviços sociais franceses em 1996, segundo o jornal "Le Parisien".

Mais religiosa que seu companheiro "ele só quer se divertir e não é muito religioso", disse numa ocasião, além de também já ter declarado que ele desejava ter uma segunda esposa, ela desejava viver num país árabe, para melhorar suas habilidades na vertente literária do idioma.

Acompanhada de Coulibaly, viajou para Meca há cerca de um ano. Foi quando voltou a manter contato com seu pai, Mohammed, também segundo o "Le Parisien".

Interrogado pela polícia, ele disse estar "em choque" e não conseguir acreditar que sua filha esteja ligada aos ataques de Paris.


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