Folha de S. Paulo


Associação Mundial de Jornais condena ataque contra Charlie Hebdo

A Associação Mundial de Jornais (WAN-IFRA) e o Fórum Mundial de Editores condenam o ataque contra a publicação satírica Charlie Hebdo que deixou 12 mortos e pelo menos quatro seriamente feridos.

"Nós condenamos da forma mais forte possível esta absurda atrocidade e nos colocamos ao lado do Charlie Hebdo e de toda a comunidade jornalística na França na busca de justiça para as vítimas", disse o CEO da WAN-IFRA, Vincent Peyrègne.

"Com 61 jornalistas mortos em 2014 e o ano novo começando sob condições tão terríveis, nós observamos que um ataque desta natureza atinge o coração das liberdades que a imprensa da França defende tão apaixonadamente. Não é apenas um ataque contra a imprensa, mas também contra a sociedade e os valores pelos quais todos lutamos. Isto deve ser um alerta para todos nós nos impormos contra o crescente clima de ódio que ameaça fraturar nossa compreensão de democracia".

De acordo com as primeiras informações, dois homens fortemente armados entraram nos escritórios da revista satírica baseada em Paris e abriram fogo. Tiros foram trocados entre os atacantes e a polícia, enquanto os dois homens conseguiam escapar. O presidente francês, François Hollande, confirmou que, entre os mortos, há jornalistas e policiais.

O incidente foi oficialmente declarado como um ataque terrorista e a capital francesa permanece em estado de alerta, com policiais armados vigiando os prédios de veículos de comunicação no país.

O ataque de hoje foi antecedido por um atentado com bomba incendiária em 2011 que destruiu a então sede do semanário. A revista seguiu em sua posição de sátiras críticas, apesar de ameaças subsequentes.


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