O governo brasileiro deve se reaproximar do governo norte-americano para pelo menos não atrapalhar e, se possível, dar melhores condições ao tradicional, contínuo e crescente relacionamento entre as sociedades dos dois países.
Nos investimentos, nos negócios, no turismo, na cooperação científica, no intercâmbio educacional, nas artes, nos esportes, em todos os setores da vida Brasil e Estados Unidos têm sido cada vez mais próximos.
Seus governos, no entanto, se distanciam com frequência –por desinteresse, incompetência ou desvio ideológico.
Isso pode atrapalhar, mas não tem impedido, a proximidade entre brasileiros e americanos.
Se os governos se entenderem e conseguirem acordos simples (acabar com os vistos e a dupla tributação, facilitar procedimentos alfandegários e de entrada de brasileiros nos Estados Unidos), essa proximidade, que já é enorme, vai certamente crescer muito mais, em benefício das duas nações.
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA, livre-docente e doutor em comunicação pela USP, é editor da revista "Política Externa". Foi ombudsman da Folha.