Folha de S. Paulo


Nigéria diz que 14 meninas sequestradas por islamitas escaparam

O governo da Nigéria confirmou neste sábado que mais 14 alunas escaparam do cativeiro em que eram mantidas pelo grupo islamita Boko Haram. Outras 85 permanecem desaparecidas após terem sido sequestradas pelo grupo, na segunda (14).

Segundo o secretário de Educação do Estado de Borno, Mallam Inuwa Kubo, 44 meninas das 129 capturadas conseguiram escapar. Ele não soube explicar como elas deixaram o cárcere privado.

Kubo informou que 11 delas foram encontradas quando fugiam pela estrada de Damboa, que liga Chibok a Maiduguri, a capital de Borno. Segundo as estudantes, elas foram levadas para floresta de Sambisa, onde o Boko Haram tem vários acampamentos.

Apesar do anúncio das autoridades sobre uma grande operação de resgate, os moradores da região dizem ter perdido a confiança nas forças de segurança, que por engano anunciaram no meio da semana a libertação da maioria das estudantes.

Mas o anúncio foi desmentido imediatamente pela diretora da escola e pelas autoridades regionais, o que obrigou o exército a admitir o erro. Diante da impotência das autoridades, as famílias das reféns organizaram grupos para tentar encontrar suas filhas.

O Boko Haram, cujo nome significa "A educação ocidental é um pecado" em língua hausa, falada no norte da Nigéria, ataca universidades e escolas com frequência desde o início da insurreição, em 2009, que deixou milhares de mortos.

O grupo deseja criar um Estado estritamente islâmico no norte da Nigéria. O sequestro aconteceu no mesmo dia em que 75 pessoas morreram e 114 ficaram feridas em um atentado a um terminal de ônibus da capital Abuja, reivindicado neste sábado pelo grupo.


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