Folha de S. Paulo


Eleições para presidente no Afeganistão têm filas e falta de cédulas

A comissão eleitoral do Afeganistão teve que estender em uma hora o horário de abertura dos cerca de 6 mil colégios eleitorais do país, depois que vários deles tiveram filas e chegaram a ficar sem cédulas neste sábado (5), informa a EFE. Os colégios fecharam às 17h do horário local (9h30 no horário de Brasília).

Vista como um teste da solidez das instituições do país, a eleição deste sábado designará o sucessor de Hamid Karzai, único presidente do país desde a queda dos talebans, em 2001.

As filas e falta de cédulas, que foram repostas ao longo do dia, indicam uma participação acima do esperado –acreditava-se que ameças de ataques dos talebans desencorajariam boa parte dos estimados 13 millhões de eleitores do país. A estimativa inicial, divulgada após o fim das votações, é que cerca de 7 milhões de pessoas tenham votado.

Nesta manhã, uma explosão deixou ao menos dois feridos na província de Logar, centro do Afeganistão. Na sexta-feira, a fotógrafa alemã da agência americana Associated Press (AP) Anja Niedringhaus foi morta a tiros no leste do país.

Após ter votado pela manhã na capital, o atual presidente Karzai parabenizou os eleitores por irem às urnas "para escolher seu futuro presidente inclusive com o mau tempo", em referência às chuvas que caíam no país neste sábado.

As pesquisas eleitorais do Afeganistão são lideradas por Abdullah Abdullah, Ashraf Ghani e Zalmai Rasul. Caso nenhum deles obtenha mais de 50% dos votos, a disputa será decidida no segundo turno, programado para o fim de maio.

Os resultados do primeiro turno serão conhecidos no dia 24 de abril e um eventual segundo turno está marcado para o dia 28 de maio.


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