Folha de S. Paulo


Ativista brasileira do Greenpeace é indiciada na Rússia por pirataria

Dois ativistas do Greenpeace, um britânico e a brasileira Ana Paula Alminhana Maciel, foram indiciados nesta quarta-feira na Rússia por pirataria em grupo organizado, um crime que pode ser punido com pena de entre 10 e 15 anos de prisão, informou a organização ecológica.

"O cinegrafista do Reino Unido e uma ativista do Brasil foram indiciados", afirma o Greenpeace em um comunicado.

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"Os indiciamentos por pirataria não têm fundamento e não são apoiados por nenhuma prova", declarou Irina Isakova, advogada do Greenpeace, citada na nota.

Quatro russos e 26 estrangeiros de 17 países, entre eles a bióloga brasileira Ana Paula Alminhana Maciel, estão detidos desde 19 de setembro na Rússia por participação em um ato de protesto em uma plataforma de petróleo no Ártico.

No mesmo dia, o barco "Artic Sunrise" do Greenpeace foi abordado por uma unidade da guarda costeira russa, depois que vários ativistas tentaram escalar uma plataforma petroleira da empresa russa Gazprom para denunciar o risco ecológico da extração de combustível.

O Comitê de Investigação russo iniciou os processos por pirataria.

Os militantes negaram as acusações e relataram uma invasão ilegal das tropas russas ao barco, que estaria em águas internacionais.

O presidente russo, Vladimir Putin, declarou na semana passada que os ativistas não são piratas, mas que violaram as normas da lei internacional.


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