Folha de S. Paulo


Suspeito trabalhava em base militar de Washington havia uma semana

O prestador de serviços Aaron Alexis, 34, começou a trabalhar havia uma semana no Washington Navy Yard, onde fica o quartel-general da Marinha Americana, segundo a empresa que o contratou. Alexis é acusado de matar 12 pessoas na segunda (16) em um prédio da área militar.

Segundo os agentes, Alexis foi morto em confronto com a polícia, minutos após ter atirado em 20 pessoas dentro do prédio do Comando de Sistemas de Navegação Marítima, que fica dentro do complexo da Marinha na capital americana.

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Em entrevista nesta terça-feira, o diretor-executivo da empresa The Experts, Thomas Hoshko, confirmou que Alexis era funcionário da empresa desde julho, quando começou a trabalhar na atualização dos sistemas operacionais da Marinha e dos fuzileiros navais.

Ele havia atuado em seis instalações diferentes, incluindo as bases da Arlington e Stafford, na Virgínia, e em Cherry Point, na Carolina do Norte, antes de chegar ao Navy Yard. Hoshko afirmou que não contrataria o suspeito de ser o atirador se conhecesse seus antecedentes criminais.

"Se eu poderia descobrir isso apenas fazendo uma pesquisa no Google, isso é ruim. Qualquer coisa que se refira a problemas criminais ou mentais deveriam ser um sinal de alerta. Com certeza eu não o teria contratado", disse, em referência às outras ocasiões em que o suspeito foi preso, em 2004 e 2010.

A primeira foi em Seattle, em 2004, quando ele disparou contra os pneus do carro de um homem, que estava estacionado em frente à casa de sua avó. À época, o suspeito disse à polícia que teve um ataque de cólera. Em 2010, foi preso em Fort Worth, no Texas, após descarregar uma arma sem motivo aparente.

Segundo o FBI, o atirador usou uma espingarda para entrar no prédio do Comando de Sistemas de Navegação Marítima, onde ocorreu o ataque. Para os agentes, ele obteve outras duas pistolas dentro do edifício. Eles desmentiram a informação de que foi encontrado um fuzil AR-15 com o suspeito.

Nesta terça, o secretário da Marinha, Ray Mabus, ordenou a revisão dos procedimentos de segurança em todos os centros da Marinha e dos fuzileiros navais em todo o mundo. Os militares avaliarão as condições físicas nos postos de controle e verificarão a necessidade de novas legislações.

Mais cedo, a polícia liberou os nomes dos 12 mortos no ataque --Michael Arnold, 59; Sylvia Frasier, 53; Kathy Gaarde, 62; John Roger Johnson, 73; Frank Kohler, 50; Kenneth Bernard Proctor, 46; Vishnu Pandit, 61; Martin Bodrog, 54; Arthur Daniels, 51; Mary Francis Kinght, 51; Gerald Read, 58; e Richard Michael Ridgell, 52.


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