Horas antes de se reunir com a colega Dilma Rousseff, o presidente boliviano, Evo Morales, voltou a pedir a extradição do senador Roger Pinto.
"Não é nenhum perseguido político, é um delinquente que foge da Justiça boliviana", disse o boliviano, em entrevista coletiva durante a cúpula da Unasul, que ocorre na capital surinamesa.
Questionado sobre a possibilidade de que Pinto vá ao Uruguai, Morales disse que isso não muda a demanda boliviana. "Qualquer qualquer pais do mundo, que devolvam delinquentes que tem problemas de corrupção."
"Nenhum país deve defender e encobrir corruptos."
Morales não quis antecipar o que falará com Dilma sobre o caso, mas disse que "temos uma linda experiência conjunta entre os dois países". Ele afirmou que, no governo Lula, os dois mandatários "trabalhavámos juntos horas e horas" para resolver problemas.
"É um tema de países vizinhos, países irmãos", afirmou. "Respeitamos nossas diferenças."
Os dois países estão em crise diplomática após a fuga para o Brasil de Pinto, refugiado havia mais de um ano na embaixada do paí em La Paz.
A fuga contou com a ajuda de um diplomata brasileiro, que agiu sem o conhecimento do Itamaraty, e provocou a demissão do então chanceler Antonio Patriota.