Folha de S. Paulo


Autoridades egípcias detêm mais de mil islamitas nas últimas horas

O Ministério do Interior do Egito informou neste sábado que as forças de segurança detiveram 1.004 membros da Irmandade Muçulmana nas últimas horas, além de terem apreendido uma considerável quantidade de armas e munição.

Em comunicado, o ministério citado apontou que as detenções estão sendo realizadas em todas as províncias durante as operações para fazer frente às "tentativas terroristas de elementos da Irmandade Muçulmana, que deseja empurrar o país para um ciclo de violência".

A nota ressaltou que cerca de 500 pessoas foram detidas somente no Cairo, incluindo um paquistanês, um palestino e quatro sírios, enquanto 58 foram capturados na província de Guiza, que também abrange parte da capital.

O Ministério explicou que, entre outros atos de violência registrados ontem, membros da Irmandade atacaram uma delegacia policial no bairro de Ramsés, onde os islamitas realizaram a principal concentração no Cairo, e abriram fogo contra ela.

Além disso, o ministério do Interior acusou integrantes da formação islâmica de ter provocado incêndio em um edifício da empresa construtora Arab Contractors.

Na segunda maior cidade do país, Alexandria (norte), pelo menos 55 militantes da Irmandade Muçulmana foram detidos pelas autoridades.

No restante das províncias, o lugar onde houve um maior número de detenções foi no delta do Nilo (norte), onde pelo menos 252 pessoas foram presas pelas forças da ordem em Kafr el Sheikh e em Dakahiliya.

A Irmandade Muçulmana assegura que mais de 100 pessoas morreram nos distúrbios de ontem na capital, enquanto, até o momento, o Ministério da Saúde confirmou apenas 17 mortos e 82 feridos em todo país.


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