Folha de S. Paulo


Família de acusado de ataque em Londres diz estar envergonhada

A família de um dos acusados de matar um soldado britânico na semana passada em Londres se pronunciou nesta terça-feira e recriminou o assassinato, que motivou uma forte reação anti-islâmica.

O soldado Lee Rigby, 25, foi esfaqueado em uma rua de Londres por dois homens que diziam agir em nome do islamismo. A polícia baleou e deteve os agressores, ambos britânicos de ascendência nigeriana.

Parentes de um dos suspeitos, Michael Adebolajo, 28, que nasceu na Grã-Bretanha em uma família cristã nigeriana e depois se converteu ao islamismo, disseram estar envergonhados.

"Nada que pudermos dizer irá desfazer os fatos da semana passada", disse a família em nota. "No entanto, como família, desejamos partilhar com os outros nosso horror diante do assassinato insensato de Lee Rigby e expressar a profunda vergonha e tristeza que isso trouxe para a nossa família."

"Desejamos então declarar abertamente que acreditamos não haver lugar para a violência em nome da religião e da política", disse a família. "Acreditamos que todos os membros bem pensantes da sociedade partilham dessa visão, onde quer que tenham nascido e quaisquer que sejam sua religião e suas crenças políticas."

Desde o início das investigações, dez pessoas foram presas acusadas de ter relação com o crime. Michael Adebowale, Michael Adebojalo e um homem não identificado continuam presos. Outros três foram liberados por falta de provas e cinco saíram da prisão após pagamento de fiança.


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