Dois dias após um gigantesco deslizamento de terra soterrar 80 mineiros perto de uma mina de cobre no Tibete, a esperança de encontrar sobreviventes diminuiu com o resgate de 15 corpos neste domingo (31), elevando para 17 o registro total de mortes.
Dois corpos já tinham sido resgatados no sábado, segundo a agência de notícias Nova China. Outros 66 mineiros continuam desaparecidos, soterrados por 2 milhões de metros cúbicos de terra desde o deslizamento de sexta-feira.
Os socorristas enfrentam uma grande quantidade de neve e os males causados pela elevada altitude da região de Maizhokunggar, situada 4.600 metros acima do nível do mar e a leste de Lhassa, capital regional do Tibete (oeste da China).
Os especialistas do Ministério da Terra e dos Recursos Naturais chegaram ao local para investigar as causas da catástrofe, disse Yang Donglinag, diretor da agência governamental de segurança do trabalho.
NOVA CATÁSTROFE
Alguns socorristas cavam com as mãos porque o deslizamento bloqueou estradas que levam à mina e impede a chegada de equipamentos.
Existe cada vez menos chances de encontrar sobreviventes devido ao tamanho do deslizamento, disse o vice-secretário do comitê regional para o Tibete autônomo do Partido Comunista Chinês, Wu Yingjie. "As duas prioridades no momento são a busca de pessoas sepultadas e impedir uma nova catástrofe."
RECURSOS MINERAIS
A maioria dos mineiros era de imigrantes provenientes das províncias de Yunnan, Guizhou e Sichuan, segundo a Nova China. A mina, de onde são extraídos cobre e outros metais, é operada por uma filial da China National Gold Group Corporation.
As regiões montanhosas do Tibete são zonas onde podem ocorrer deslizamentos de terra devido às atividades mineradoras. Nos últimos anos, a China descobriu importantes recursos minerais no Tibete --entre eles dezenas de milhões de toneladas de cobre, chumbo e zinco-- e bilhões de toneladas de minério de ferro, segundo a imprensa estatal.
| "China Daily"/Reuters | ||
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| Socorristas procuram por sobreviventes após deslizamento de terra em uma mina em Maizhokunggar, no Tibete |