Os políticos britânicos anunciaram nesta segunda que fecharam um acordo de última hora sobre a regulamentação da imprensa. O código pretende reduzir os abusos da mídia no país.
O acordo foi estabelecido após dias de debate sobre como implementar as recomendações contidas no relatório do juiz Brian Leveson --de novembro de 2012.
Entre os itens previstos, há o estabelecimento de um novo regulador de imprensa, multas mais severas e a obrigação de que jornais imprimam pedidos de desculpas quando apropriados.
A adesão ao acordo será voluntária, mas para estimular os jornais a adotarem o estatuto, o governo prevê incentivos ficais.
Segundo um porta-voz do primeiro-ministro David Cameron, o acordo vai colocar em prática um forte sistema de regulação independente da imprensa.
Segundo o primeiro-ministro, ele está satisfeito com o resultado das negociações.
"O que queríamos evitar, e o que evitamos, é uma lei de imprensa", disse à emissora BBC.
Ed Miliband, líder do Partido Trabalhista da oposição elogiou o acordo e disse que o jornalismo investigativo não será restringido pelo novo arranjo.
NOVAS VÍTIMAS
Novas descobertas de investigadores britânicos revelaram mais centenas de potenciais vítimas dos grampos telefônicos do tabloide "News of the World" --fechado em julho de 2011.
As denúncias foram apresentadas nesta segunda-feira, para o Tribunal Superior de Londres.
Os dados provêm do histórico telefônico de um informante da polícia que se tornou testemunha da promotoria no processo que apura a utilização ilegal de escutas por parte da equipe do tabloide, durante diversos anos. O caso culminou em 2011 em um escândalo que pôs em xeque a imprensa britânica.