Uma tempestade de neve que atingiu nesta terça-feira a Europa Ocidental forçou o fechamento do aeroporto de Frankfurt, na Alemanha, e afetou a operação de diversos voos também em aeroportos da França e da Bélgica. Dentre as frequências afetadas, estão sete voos entre o continente e o Brasil.
Na cidade alemã, o aeroporto foi fechado por quase três horas devido ao acúmulo de neve, que chegou a 12 cm de altura. Mais de cem voos foram cancelados, enquanto outros atrasaram ou foram desviados.
| Kai Pfaffenbach/Reuters | ||
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| Caminhões tiram neve da pista do aeroporto de Frankfurt, que ficou fechado por três horas nesta terça-feira |
Este foi o caso do voo 501 da Lufthansa, que saiu do Rio, e teve que ser desviado para Munique. Outra frequência afetada é o voo 2074 da Condor, vindo do Recife, que atrasou três horas.
O aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, teve 25% dos voos cancelados pelas autoridades francesas, assim como o aeroporto de Orly, onde 20% das frequências não saíram. O mau tempo causou atrasos de mais de três horas em dois voos da Air France para o Brasil --o 444, para o Rio, e o 456, para São Paulo.
Outros dois voos, no sentido contrário, chegaram com atraso de meia hora a quarenta minutos. A neve ainda fez com que um avião da Tunisiair derrapasse na pista do aeroporto de Orly, provocando o fechamento do terminal para a retirada dos passageiros. O aeroporto de Bruxelas, na Bélgica, também foi afetado.
TRANSTORNOS
Além de complicar o tráfego aéreo, a nevasca causou um recorde histórico de engarrafamento nas rodovias belgas. No horário de pico, as filas chegaram a 1.670 quilômetros, batendo o recorde anterior de 1.285 quilômetros, de 3 de fevereiro de 2012.
O número é cinco vezes maior que o registrado em dias normais, entre 250 e 270 km. Em Bruxelas, as duas principais estações de trem foram fechadas, interrompendo o serviço Eurostar, que liga a cidade belga a Londres e Paris. A linha Thalys, que chega a Amsterdã e Colônia, também foi suspensa.
Na França, cerca de 80 mil casas no noroeste do país ficaram sem eletricidade, segundo a operadora EDF, e centenas de motoristas passaram a noite em seus carros, esperando que o tráfego pelo canal da Mancha se normalizasse. A mesma situação foi registrada no sudeste da Inglaterra.