Folha de S. Paulo


Hizbollah acusa Israel de realizar campanha difamatória mundial

O movimento islâmico libanês Hizbollah minimizou nesta quarta-feira as acusações do governo da Bulgária de que está por trás de um ataque com homem-bomba realizado contra um ônibus em julho último e as atribuiu ao governo de Israel --que, afirma, promove uma campanha de difamação contra o grupo.

O vice-chefe do Hizbollah, Naim Qassem, disse que Israel direciona "alegações e incitações e acusações contra o Hizbollah" porque não conseguiu derrotar o grupo militarmente, mas que elas não "vão ter efeito nenhum".

"Todas essas acusações contra o Hizbollah não terão nenhum efeito, e não mudam os fatos", afirmou. "Nós não iremos nos submeter a essas pressões, e nós não vamos mudar as nossas prioridades. Nossa bússola permanecerá voltada para Israel", disse.

Stoyan Nenov-19.jul.12/Reuters
Ônibus que foi alvo de homem-bomba é transportado por caminhão, em Burgas, na Bulgária
Ônibus que foi alvo de homem-bomba é transportado por caminhão, em Burgas, na Bulgária

Nesta terça-feira (5), investigação realizada pelo governo da Bulgária concluiu que o Hizbollah foi responsável pela realização do atentado na cidade de Burgas, que matou cinco turistas israelenses e o motorista búlgaro.

O resultado do inquérito levou o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, a comemorar o resultado e a pedir à UE (União Europeia) que passe a classificar o Hizbollah, que integra o governo libanês, como uma organização terrorista, a exemplo do que fazem os EUA.

"O ataque em Burgas foi um ataque em solo europeu contra um membro da União Europeia. Esperamos que os europeus tirem as conclusões necessárias sobre a verdadeira natureza do Hizbollah", afirmou.


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