A agência de notícias Reuters afirmou nesta quarta-feira que aviões de guerra de Israel atacaram um alvo na fronteira entre o Estado judaico, a Síria e o Líbano na madrugada desta quarta-feira.
Caso confirmado, o ataque é feito em meio à preocupação de Israel de que as armas químicas do ditador sírio, Bashar Assad, caiam nas mãos dos rebeldes que lutam contra o dirigente desde março de 2011.
Muçulmanos sunitas, os opositores a Assad são hostis ao Estado judaico, pelo que Israel defendeu um ataque à Síria caso essas armas saiam do controle do regime.
O Reuters cita como fontes um diplomata ocidental e três militares israelenses, que dizem que a ação ocorreu. O Exército de Israel não confirmou a operação.
No entanto, autoridades libanesas denunciaram a invasão de seu espaço aéreo por caças israelenses, no que pode ser um sinal de que o ataque realmente aconteceu. O regime sírio não comentou sobre o tema.
No domingo, Israel disse que faria uma ação militar para impedir que armas químicas do regime sírio possam cair nas mãos dos rebeldes e do grupo radical libanês Hizbollah, a quem acusa de fazer atentados contra judeus.
A inteligência militar israelense disse estar monitorando a área por satélite. "Se houver necessidade, vamos tomar medidas para evitar que as armas químicas sejam transferidas a organizações terroristas islâmicas", disse o vice-premiê de Israel, Silvan Shalom.
Israel entrou em confronto em outras ocasiões com a Síria e o Líbano, mas mantém um cessar-fogo nos últimos sete anos com os Libaneses e por mais de 40 anos com os sírios.
Mesmo com a intensidade da violência na Síria, poucos ataques foram registrados na fronteira do país com Israel, em comparação a ações próximas à Turquia e ao Líbano.