Folha de S. Paulo


Mesquita vira campo de treinamento para apoiadores de Mursi; ouça

A mesquita de Rabia al-Adawiya, no centro do Cairo, virou uma espécie de quartel-general para os apoiadores de Mohammed Mursi, presidente deposto na quarta (3).

"Com escudos improvisados, capacetes de construção civil e pedaços de pau, eles gritam em coro que Mursi ainda é o presidente do país", relata Diogo Bercito, enviado especial ao Cairo.

Enquanto é revistado, o jornalista conta que há um clima de incerteza no país.

Se de um lado, opositores ainda comemoram a queda de Mursi na praça Tahrir, do outro, integrantes da Irmandade Muçulmana, historicamente resistente, afirmam estar dispostos a se tornar mártires para defender o presidente democraticamente eleito.

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NOVO PRESIDENTE

O ex-presidente da Suprema Corte Constitucional do Egito Adly Mahmud Mansur foi jurado, na manhã desta quinta-feira, como presidente interino do Egito.

Mursi foi deposto por um golpe militar, após milhões de manifestantes terem tomado as ruas durante a semana pedindo por eleições antecipadas. Ligado à Irmandade Muçulmana, o ex-presidente islamita completara um ano de governo no domingo.

Ele assumiu a liderança do Egito após protestos em massa destronarem o ex-ditador Hosni Mubarak, no início de 2011. Nos meses seguintes, lidou com um país em crise política e econômica e irritou a população com sua agenda conservadora.


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