Folha de S. Paulo


Cosan compra parte da Shell na Comgás por R$ 1,15 bilhão

Caetano Barreira - 3.mai.2006/Reuters
ORG XMIT: 265101_1.tif Operário caminha em estação de gás natural da Comgás, em Cubatão (SP). A Brazilian worker walks past a natural gas regulating station called a city gate by its Brazilian owner Comgas, in the industrial city of Cubatao where the majority of the industries depend on natural gas from Bolivia, 45 km (28 miles) southeast of Sao Paulo, Brazil, May 3, 2006. Brazil's state-run energy company, Petrobras, has canceled plans to expand natural gas pipelines from Bolivia after the Andean neighbor nationalized its energy industry, Petrobras president Jose Sergio Gabrielli said on Wednesday. REUTERS/Caetano Barreira
Operário caminha em estação de gás natural da Comgás, em Cubatão (SP)

A Cosan anunciou nesta terça (10) a compra por R$ 1,156 bilhão da fatia da Shell na distribuidora de gás canalizado Comgás, que atende a região metropolitana e parte do Estado de São Paulo.

A operação envolve a transferência para a Cosan de 16,77% das ações da Comgás. Em contrapartida, a Shell recebera R$ 423 milhões em duas parcelas e 4,99% das ações da Cosan.

As duas empresas já são sócias na Raízen, que é dona da rede de postos Shell e de usinas de açúcar e álcool.

"Essa operação nos permite focar nossos esforços no Brasil em áreas com maior valor estratégico para a Shell no longo prazo", disse, em nota, o diretor de Gás e Novas Energias da Shell.

Após a compra da BG, em 2015, a Shell se tornou a maior empresa privada com atuação no segmento de exploração e produção de petróleo no Brasil e vem demonstrando apetite por ativos no pré-sal.

É sócia da Petrobras no maior campo produtor do país e faz parte do consórcio que adquiriu em 2013 os direitos para explorar a maior descoberta brasileira, Libra, que deve começar a produzir ainda este ano.

A Cosan é a maior distribuidora de gás brasileira, com uma rede de 14 mil quilômetros de gasodutos e mais de 1,7 milhão de clientes em 87 municípios.

Em comunicado, as empresas destacaram que a conclusão do negócio depende de aprovação das autoridades competentes. A expectativa é que o processo seja finalizado até o fim do ano.


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