Folha de S. Paulo


Bolsas europeias fecham em forte queda por tensão com eleição dos EUA

Carlo Allegri /Reuters
Trump é visto por analistas e investidores como radical e com postura anti-mercado

As Bolsas na Europa fecharam em queda pela oitava sessão seguida nesta quarta-feira (2), pressionadas por sinais de uma disputa acirrada pela Presidência dos Estados Unidos na próxima semana e queda da A.P. Moller-Maersk após balanço aquém do esperado.

O índice FTSEurofirst 300 das principais ações europeias recuou 1,22%, para 1.308 pontos. O índice STOXX 600 caiu 1,1%, para 331 pontos, menor nível desde 11 de julho.

As operações também foram afetadas no final do pregão por uma forte queda nos preços do petróleo após dados mostrando uma alta nos estoques da commodity.

A sequência de oito quedas é a maior este ano.

"Agora que está um pouco menos certo que (a candidata democrata Hillary Clinton) vai ganhar, estamos vendo o impacto de os investidores finalmente tomarem uma ação evasiva – provavelmente ação evasiva que eles deveriam ter tomado um mês atrás", disse o analista de mercado da City Index Ken Odeluga.

O índice de volatilidade europeu VSTOXX refletiu o nervosismo, alcançando o maior patamar desde julho.

As ações de bancos figuraram entre as maiores quedas por setor, com recuo de 2,4% e ampliando as perdas da sessão anterior, com bancos italianos e o britânico Standard Chartered entre as maiores baixas.

Os papéis da empresa de contêineres de transporte marítimo A.P. Moller-Maersk caíram 7,2% após seus resultados ficarem abaixo das previsões, registrando uma queda de 44% no lucro do terceiro trimestre.

Na terça-feira (1), as Bolsas europeias já haviam caído em reação à pesquisa que mostrou Trump à frente de Hillary. O mesmo ocorreu em Nova York e no Brasil.

ÁSIA

As Bolsas da Ásia também fecharam em queda nesta quarta-feira, com o investidores incomodados por sinais de que a disputa na eleição presidencial nos Estados Unidos estava se acirrando a poucos dias da votação em 8 de novembro.

O índice MSCI, que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão caiu 1,2%, para a mínima em sete semanas, enquanto o japonês Nikkei recuou 1,8%.


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