Folha de S. Paulo


Gerdau e outras cinco companhias brasileiras são alvo de ação nos EUA

Jorge Araújo/Folhapress
André Gerdau Johannpeter, presidente da Gerdau, entrou na mira da Justiça americana
André Gerdau Johannpeter, presidente da Gerdau, entrou na mira da Justiça americana

A Gerdau e seu presidente, André Gerdau Johannpeter, entraram na mira da Justiça americana, junto com outras cinco companhias brasileiras envolvidas em escândalos de corrupção.

No dia 26 de maio, o escritório de advocacia Pomerantz protocolou uma ação coletiva no tribunal do Distrito Sul de Nova York, em nome de investidores que compraram ações da siderúrgica entre 2 de junho de 2011 e 15 de maio de 2016.

O argumento se assemelha a uma ação recém-apresentada contra o Bradesco. (veja como é a ação do banco).

Alvo da Polícia Federal na Operação Zelotes, que investiga um dos maiores esquemas de sonegação fiscal descobertos no país, a Gerdau teria fornecido "declarações falsas e/ou enganosas" sobre seus "negócios, operações e perspectivas", diz o texto.

O documento registra sucessivas quedas no valor das ADRs (American Depositary Receipts, investimentos em recibos de ações que são negociados na Bolsa de Nova York), na medida em que as acusações de fraude chegavam ao noticiário.

Logo após 26 de março de 2015, início da Zelotes, essas ações da Gerdau, por exemplo, caíram US$ 0,38 (11%).

O documento na Corte americana cita a empresa e quatro de seus atuais ou ex-executivos, entre eles o diretor-executivo, André Gerdau Johannpeter, indiciado pela PF em maio.

Diretores financeiros também são mencionados: Harley Lorentz Scardoelli (atual), André Pires de Oliveira Dias e Osvaldo Burgos Schirmer (os dois já saíram do cargo).

Bradesco e Gerdau se unem a outras empresas brasileiras que já são alvo de ações coletivas nos Estados Unidos: Petrobras, Vale, Braskem e Eletrobras.


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