A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, afirmou que, sem uma ação coletiva por parte dos dirigentes globais, a economia mundial pode sair dos trilhos.
Ela disse, no entanto, que notou um sentido renovado de urgência para agir, durante o encontro da semana passada do G20, que reuniu em Xangai (China) presidentes de bancos centrais e ministros das Finanças.
Na reunião, os dirigentes das grandes potências divulgaram comunicado em que afirmam que é preciso olhar para além de taxas de juro muito baixas e emissão de dinheiro para que a economia global saia de seu torpor.
Para eles, é necessário renovar o foco em reformas estruturais para impulsionar a atividade econômica.
O FMI, em janeiro, estimou que a economia mundial vai crescer 3,4% neste ano, 0,2 ponto percentual menos que a previsão de outubro.
Neste sábado (27), uma versão preliminar do comunicado a ser divulgado pelo grupo reflete diversas preocupações e atritos políticos que têm sido exacerbados pelo crescimento econômico vacilante e turbulências nos mercados nos meses recentes.
O texto indica que as maiores economias do mundo precisam olhar para além de taxas de juro muito baixas e emissão de dinheiro para que a economia global saia de seu torpor, e renovar o foco em reformas estruturais para impulsionar a atividade.
"A recuperação global continua, mas permanece desigual e fica aquém de nossa ambição pelo crescimento forte, sustentável e balanceado", afirmam os líderes em uma versão do comunicado vista pela Reuters.
"Políticas monetárias continuarão a apoiar a atividade econômica e garantir estabilidade de preços... mas a política monetária sozinha não pode levar ao crescimento balanceado".
A geopolítica ocupou um espaço proeminente, com o texto apontando que riscos e vulnerabilidades cresceram diante de um cenário que inclui o choque de uma potencial saída britânica da União Europeia e a crise sobre os crescentes números de refugiados e imigrantes.