Folha de S. Paulo


Dívida do governo federal diminui 1,35% em julho, para R$ 2,17 trilhões

A dívida pública federal caiu 1,35% em julho em relação a junho, e fechou o mês em R$ 2,17 trilhões, informou nesta quarta-feira (27) o Tesouro Nacional.

Essa conta representa a soma das dívidas contraídas pelo Tesouro para financiar os deficits no Orçamento. Essas dívidas são bancadas principalmente pela emissão de títulos públicos.

Os resgates de títulos da dívida pública superaram em R$ 51,53 bilhões as emissões do Tesouro no mês.

Os resgates somaram R$ 82,88 bilhões, enquanto as emissões do Tesouro foram de R$ 31,34 bilhões.

COPA DO MUNDO

Para Fernando Garrido, coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, os resgates em julho superaram as emissões por dois motivos, principalmente - a Copa do Mundo e os vencimentos de títulos pré-fixados concentrados em julho.

Segundo Garrido, a Copa diminuiu o volume de títulos negociados no mercado, movimento que "já era previsto".

Do total da dívida brasileira, R$ 2,1 trilhões são negociados em real (dívida interna), e R$ 91,2 bilhões em moedas estrangeiras, principalmente dólar americano, no mercado internacional (dívida externa).

DETENTORES

Em julho, os estrangeiros bateram o seu recorde de participação - tanto no volume como na proporção - na dívida pública federal. Eles ampliaram em 0,5%, para R$ 385,67 bilhões, o volume de títulos que detêm, o equivalente a 18,52% da dívida pública brasileira.

As instituições financeiras são as maiores detentoras de títulos da dívida pública brasileira. Elas reduziram sua participação de 29,6%, em junho, para 28,25%, em julho do estoque da dívida brasileira.

Em seguida, estão os fundos de investimento, que detém 21,17% da dívida pública brasileira.

O prazo médio de vencimento desses títulos aumentou levemente em julho, para 4,41 anos. Em junho, era de 4,23 anos. Essa é a média de tempo que o país tem para pagar seus credores.

TESOURO DIRETO

Em julho, o Tesouro Direto –programa do governo que permite a venda de títulos públicos a pessoas físicas– foi responsável pela emissão líquida de R$ 206,43 milhões em títulos.

Garrido destacou o aumento de 6.333 investidores ao Tesouro Direto em julho, a maior expansão do programa desde janeiro de 2012.

Segundo Garrido, o "bom momento" para compra de títulos, em função das "expressivas taxas de retorno" para o investidor, explicam a atratividade do programa em julho.

O Tesouro espera superar em 2014 o volume de compras de títulos do Tesouro Direto de 2013, que foi de R$ 3,6 bilhões.

De janeiro a julho desse ano, foram negociados mais de R$ 3 bilhões em títulos do programa.


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