Folha de S. Paulo


Argentina consegue US$ 11 bi da China

Após ir ao Brasil para a cúpula dos Brics, o presidente chinês, Xi Jinping, foi a Buenos Aires para assinar acordos de convênio. Um deles é um "swap" (troca) de moedas entre os dois países.

Pelo acordo, o Banco Central da Argentina pode solicitar yuans do Banco Central da China e pagar em pesos argentinos, em um prazo de até 12 meses. O montante total é de US$ 11 bilhões.

A informação foi divulgada pelo Banco Central pouco após a assinatura do convênio entre os mandatários dos dois países.

Enrique Marcarian/Reuters
O presidente chinês Xi Jinping em visita à presidente da Argentina Cristina Kirchner, em encontro
O presidente chinês Xi Jinping visita a presidente da Argentina Cristina Kirchner para fechar acordo

O acordo pode fortalecer as reservas internacionais da Argentina, atualmente em pouco mais de US$ 29 bilhões, o que é considerado baixo. As reservas internacionais do Brasil, por exemplo, são de US$ 380 bilhões.

O ministro da Economia, Axel Kicillof, já afirmou que a falta de uma reserva maior é um dos problemas para acertar a dívida com os fundos de investimentos que detém títulos da dívida do país que não estão sendo pagos. Pelos cálculos dele, seria preciso cerca de US$ 15 bilhões para acertar essa conta, o que equivale a mais da metade das reservas.

APROVEITAMENTO

Além do "swap", a Argentina também vai receber investimentos para construir duas hidrelétricas. No total, serão US$ 4,7 bilhões de investimentos.

Não foi só Jinping que aproveitou a vinda à América do Sul para visitar dois países. Antes do encontro no Brasil, o presidente russo Vladimir Putin também foi à Argentina e anunciou um acordo de cooperação para o desenvolvimento de uma usina de energia nuclear no país.


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