Folha de S. Paulo


Odebrecht ganha leilão da rodovia BR-163 em Mato Grosso

A Odebrecht ganhou nesta quarta-feira (27) o leilão da rodovia BR-163, no trecho do Mato Grosso, em mais uma etapa do programa de investimentos em logística anunciado no fim do ano passado.

'Estamos apostando no crescimento do agronegócio', diz Odebrecht

A empresa baiana ofereceu tarifa de R$ 0,02638 por quilômetro, ou R$ 2,638 a cada 100 km, o menor valor oferecido entre as sete empresas participantes do leilão. Com isso, o desconto entre a tarifa oferecida e o teto estipulado pelo governo, de R$ 5,50 a cada 100 km, é de 52%.

A segunda melhor proposta foi da Triunfo, com R$ 0,02970 por quilômetro.

O trecho possui cerca de 850 quilômetros de extensão, com início na divisa com o Mato Grosso do Sul e término no quilômetro 855, no Mato Grosso.

Após o fim do prazo de entrega das propostas na segunda-feira (25), sete empresas ou consórcios apresentaram lances para administrar a via por 25 anos. No leilão passado, da BR-050 (MG/GO), oito consórcios apresentaram proposta.

Outras empresas interessadas eram Galvão Engenharia, Invepar, entre outras.

O tráfego de caminhões no transporte de commodities no Estado do Mato Grosso é o grande responsável por atrair interesse na concessão do trecho da BR-163 na região.

O ministro dos Transportes, César Borges, comemorou o resultado, e afirmou que o apetite do mercado continuará existindo. Neste último leilão, houve apenas sete interessados, um a menos do que na concorrência anterior, que teve oito, o que poderia indicar que o fôlego do mercado em entrar nessas concessões fosse limitado.

"Queremos o setor privado em parceria com o governo. Vamos dar solução aos nossos problemas de logística", disse ele.

Renato Melo, da Odebrecht, afirmou que o pedágio deve ser cobrado a partir do 18º mês de obras, quando a empresa espera ter 10% das obras de duplicações concluídas. No modelo estabelecido pelo governo, a duplicação da rodovia deve ser feita nos cinco primeiros anos.

Segundo ele, a empresa estuda a região há cerca de um ano e meio e aposta no crescimento do agronegócio no Mato Grosso para obter a rentabilidade esperada com a rodovia. "Talvez nossos concorrentes tenham acordado um pouco mais tarde para isso", afirma ele.

Editoria de Arte/Folhapress

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