Uma recuperação mais forte do que o esperado nas exportações da China em outubro ampliou a série de indicadores sugerindo que a segunda maior economia do mundo encontrou sustentação no momento em que Pequim se prepara para elaborar sua agenda de reformas para a próxima década.
A melhora da demanda dos Estados Unidos e da Europa alavancou as exportações e ajudou a reforçar a visão de que a China tem recuperado certo ímpeto desde meados deste ano, depois de prolongada desaceleração.
"Os dados das exportações da China sugerem-- embora ainda não de forma decisiva-- alguma melhora no ímpeto da demanda global", disse em nota o economista Louis Kuijs, do RBS.
As exportações aumentaram 5,6% em outubro ante o ano anterior. Analistas esperavam avanço de 3,2% depois da queda de 0,3% registrada em setembro.
A atenção agora se volta para os dados de inflação e atividade do país, no fim desta sexta-feira e no sábado, que darão uma visão geral mais clara da condição da economia chinesa no momento em que importantes políticos se reúnem para elaborar a agenda de reformas em reunião do Partido Comunista neste final de semana.
Os líderes chineses vêm repetindo nos últimos meses que estão remodelando a economia se voltando para a demanda doméstica em vez das exportações e investimento, e que um crescimento mais lento é aceitável enquanto eles avançam com as reformas.