Folha de S. Paulo


Ministério Público reforça denúncia no caso Cruzeiro do Sul

O Ministério Público Federal decidiu reforçar a denúncia original feita no caso Cruzeiro do Sul, banco da família Índio da Costa, em processo de liquidação extrajudicial após um rombo de R$ 3,1 bilhões.

A promotora Karen Kahn apresentou à 2ª Vara Criminal de São Paulo um aditamento à denúncia, incluindo as apurações provenientes dos inquéritos administrativos do Banco Central e da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que demonstram também maquiagem de provisões de crédito e irregularidades na gestão de fundos que administravam o patrimônio dos dirigentes do banco.

KPMG e Ernst & Young são denunciadas por irregularidades no Cruzeiro do Sul
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A denúncia original, que foi apresentada em janeiro, focava a gestão fraudulenta e a realização de empréstimos fictícios no banco.

Além dessa denúncia, há uma segunda encaminhada pelo Ministério Público Estadual que analisa, entre outras supostas irregularidades, o trabalho feito pelas auditorias Ernst & Young e KPMG, responsáveis pelo trabalho no Cruzeiro do Sul entre 2007 e 2012.

A denúncia feita pelo Ministério Público Estadual tem o objetivo de ressarcir os cofres públicos pelos danos causados na esfera cível pelos ex-controladores do Cruzeiro do Sul Luís Felipe e Luís Octavio Indio da Costa.

Na esfera criminal, os acusados respondem à Justiça Federal após denúncia feita pelo Ministério Público Federal, em São Paulo.

No total, foram 17 os denunciados pelo Ministério Público Estadual e Federal. Entre eles, está a Cruzeiro do Sul Holding Financeira --que pertence aos ex-controladores--, cujos bens não tinham sido bloqueados pela Justiça Federal. Também estão na lista 12 ex-diretores do banco.


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